A Pousada da Cidadela de Cascais, desenvolvida e explorada pelo grupo Pestana, sagrou-se vencedora no Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, ao ser reconhecida pelo júri como o melhor projeto de reabilitação para fins turísticos em todo o país.
“O trabalho do grupo Pestana neste campo tem sido pioneiro em Portugal e um pouco por todo o mundo”, diz Luís Araújo, administrador do grupo hoteleiro português e responsável pelo projeto, que encara o prémio “com muito orgulho”. Por isso, diz, “este reconhecimento, logo na primeira edição do Prémio Nacional de Reabilitação urbana, é uma grande honra”.
Albergando a maior e mais recente Pousada do grupo Pestana no nosso país, a Pousada de Cascais tem 126 quartos (incluindo 18 suítes) e representa um investimento privado de 20 milhões de euros.
Luís Araújo lembra como surgiu a oportunidade de investir neste empreendimento. “A concessão de renovação e exploração da Cidadela de Cascais foi objeto de um concurso público internacional em 2008, tendo o grupo Pestana participado do mesmo com a proposta que se viria a concretizar no atual projeto”. As suas caraterísticas e dimensão, a par com “a localização numa das melhores zonas de Cascais e o desafio de transformar um espaço único não apenas num hotel mas num centro de atração turística animaram-nos claramente a estudar o caderno de encargos e a avançar com o projeto”.
Desde o lançamento do concurso público (Julho de 2008) até à abertura das portas da Cidadela de Cascais, no primeiro trimestre de 2012, passaram-se praticamente quatro anos. E, passado pouco mais de um ano desde a sua abertura, “a aceitação não poderia ser melhor”, reconhece o administrador. Pois, diz, “além da publicidade nacional e internacional – continuamos a ser mencionados em inúmeras publicações nacionais e internacionais -, os comentários dos clientes e utilizadores da Pousada e da Cidadela como um todo têm superado qualquer expetativa”.
“A recuperação que foi efetuada, a polivalência dos espaços, o fato de estar aberto ao público em geral e permitir a fruição de um espaço que antes estava em elevado grau de abandono, certamente constituem os principais motivos para a grande aceitação do mesmo”, considera o administrador.
Muralhas para defesa atraem hoje turistas
O administrador do grupo Pestana reconhece que um dos principais desafios inerentes à concretização deste projeto foi “sem dúvida” o de “transformar um espaço pensado para o seu interior, para a defesa (como uma fortaleza) num espaço que deve ser virado para o exterior, para os visitantes /como um hotel)”.
Desta forma, “a operação de reabilitação arquitetónica e de reconversão dos usos procurou dinamizar o espaço mediante uma intervenção de reciclagem que alterou o seu primitivo uso militar e adaptou o suporte arquitetónico e espacial a um uso civil, concretamente de natureza turística”. O que “foi largamente conseguido graças ao excelente trabalho dos arquitetos Gonçalo Byrne, David Sinclair, João Goes e Jaime Morais, que conseguiram dotar a Cidadela não apenas de uma valorização de património única, como coordenar uma série e elementos de maneira brilhante – hotel, restaurantes área cultural, espaços para eventos, áreas de lazer, etc.”
Os resultados estão à vista e, nas palavras do administrador do Grupo Pestana, a Cidadela de Cascais é hoje “um grande centro de atrações”, estruturado em torno de cinco grandes vetores.
Primeiramente, e no que toca à componente hoteleira, a nova Pousada de Cascais tornou-se membro do restrito grupo The Leading Hotels of the World, o que “aumenta, qualifica e diferencia a oferta”. E, complementando a oferta de alojamento, os restaurantes Taberna da Praça e Maris Stela, o lobby bar da pousada e a gelataria I Scream “introduzem conceitos inovadores”. Neste projeto foi também privilegiada a componente de animação, com a criação de espaços específicos que “contribuem para a dinamização turística e para a promoção da imagem de Cascais”, além de uma componente cultural e comercial, com “a existência de vários espaços de cultura e de comércio que permitem criar um fluxo de atividade própria”. Por fim, outro dos vetores de atração enumerados por Luís Araújo é a “requalificação urbana” da intervenção urbanística, que “juntamente com a requalificação ambiental valoriza a atração dos ambientes construídos”.
Para o sucesso desta Pousada muito também tem contribuído a sua localização, “com excecional implantação geográfica e a dois passos do centro histórico da vila, que faz confluir os melhores percursos turísticos e tem uma relação com outros polos estruturantes de Cascais, com quem tem sinergias e complementa a oferta”, reconhece.
“Uma oportunidade única” para renovar o património
Com um grande impacto na dinamização e requalificação de toda a zona envolvente, este projeto “constituiu uma oportunidade única de renovação e de requalificação do património histórico edificado, criando as condições fundamentais para a desejada regeneração urbana e para a refuncionalização que a mesma viabilizou”, afirma Luís Araújo.
A intervenção “em todo o acervo arquitetónico da Cidadela de Cascais” foi “estruturada em todos os elementos de caraterização urbana definidores de cidade”. E, constituindo “um fator de valorização da área onde se encontra implantada”, aquele responsável lembra que a requalificação da Cidadela veio concluir “o ciclo iniciado com o Centro Cultural de Cascais, instalado nas Casas da Gandarinha, continuado com a instalação da Marina de Cascais e do parque de estacionamento, com a recuperação da Casa de Santa Marta e, finalmente com a intervenção realizada na área da Presidência da República existente no seu perímetro interno”.
Fonte: Público
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