De acordo com o mais recente estudo da consultora CBRE, o comércio local e os centros comerciais urbanos são os preferidos pelos consumidores.
Segundo o estudo “How We Shop: Inside the Minds of Europe’s Consumers”, feito a 10.000 consumidores em toda a Europa, a maioria dos consumidores ainda prefere visitar estas lojas, por oposição à venda online ou em espaços de retail fora da cidade. Embora o comércio online continue a crescer significativamente, os consumidores não tencionam mudar radicalmente os seus hábitos de consumo nos próximos anos, sendo que a esmagadora maioria dos inquiridos ainda não aderiu completamente às novas tecnologias.
Para 2/3 dos consumidores o preço dos produtos, a limpeza, segurança e facilidade de acesso são os fatores mais importantes na escolha do local onde fazer compras. 1/3 s mesmos refere que o entretenimento e o lazer do local são fatores importantes, bem como a diversidade de retalhistas e, em particular, a dimensão das lojas (e a consequente capacidade para oferecer uma gama completa de produtos).
Assim, os centros comerciais urbanos e o comércio de rua em zonas prime continuam a ser as localizações preferidas dos consumidores europeus. Consequentemente, o ritmo de mudança dos fundamentals do retail é relativamente lento, com as lojas, enquanto espaço físico, a continuar a desempenhar um papel fundamental no novo mundo multicanal.
Este relatório destaca que estes espaços são visitados com mais frequência para compra de vestuário, em média uma vez por mês. Os centros comerciais fora das cidades são visitados de seis em seis semanas.
78% dos europeus prefere comprar artigos de moda no centro das cidades, valor que aumenta para 90% para os habitantes da Europa Ocidental.
54% dos inquiridos utiliza o carro para visitar os centros comerciais, e 76% para visitar os centros fora da cidade, sendo usado, ainda, em 30% das deslocações ao comércio local. Segundo o relatório da CBRE, isto pode sugerir que a disponibilização de estacionamento é importante para o fluxo da clientela nestes espaços.
O online parece ter um papel de complementaridade ao comércio em loja, uma vez que 85% dos inquiridos que compra online e recebe as encomendas ao domicílio considera importante ter acesso a uma loja para ver e trocar as roupas antes ou depois de as receber.
Peter Gold, diretor do departamento de Cross Border EMEA Retail da CBRE, comenta que «os elementos fundamentais de um destino de retail bem-sucedido – valor, conveniência, limpeza e segurança – mantêm-se predominantes na mente dos consumidores. Embora muitos retalhistas estejam a adaptar-se aos progressos tecnológicos, os consumidores dizem-nos que não pretendem mudar radicalmente os seus hábitos de consumo no futuro imediato. Os consumidores estão ainda menos interessados em tecnologias móveis e códigos QR do que o próprio setor de retail, portanto, o investimento será provavelmente melhor empregue noutras finalidade».
O responsável considera que a «convivência é ainda o lema dos consumidores. As pessoas gostam de comprar localmente e querem que os seus destinos de compras sejam facilmente acessíveis de carro e com estacionamento grátis. Os centros comerciais fora da cidade oferecem geralmente estacionamento grátis, enquanto os estabelecimentos comerciais nos centros comerciais urbanos cobram o estacionamento, colocando-se em clara desvantagem. A nossa sugestão para os gestores de centros comerciais urbanos, centros comerciais e investidores em retail vai no sentido de atenderem ao que os consumidores querem, concentrando-se em acertar nos elementos essenciais, o que, basicamente, lhes proporcionará as melhores hipóteses de êxito».
Fonte: VI
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