16 junho 2013

Novas tecnologias alteram espaços de trabalho


O avanço das novas tecnologias e a sua utilização, imprescindível em qualquer empresa, altera por completo as ocupações dos espaços de trabalho. Os espaços flexíveis são a “nova normalidade” para os edifícios de escritórios na Europa à medida que ocupantes e promotores se adaptam à evolução tecnológica. Este é uma das conclusões do estudo da consultora Jones Lang LaSalle, “Offices 2020”.

De acordo com o documento, as novas tecnologias continuarão a provocar alterações na forma como as pessoas trabalham e na quantidade de espaço que necessitam para desenvolver o seu trabalho. À medida que os ocupantes corporativos na Europa tentam tornar o espaço o mais eficiente possível, os promotores procuram antecipar-se na resposta a estas necessidades e minimizar riscos futuros.

Avanços tecnológicos decidem forma de trabalhar

Para os próximos 10 anos, estão apontados os cincos principais avanços tecnológicos que terão maior impacto na vida e no trabalho das pessoas. O primeiro é a distribuição de energia, nomeadamente com a transição dos tradicionais 220V-240V para a electricidade de 12V, conjugada com um fornecimento completo wireless. O segundo diz respeito à tecnologia verde que permitirá poupanças de custos e eficiência energética. O terceiro refere-se ao cloud computing, que retira a necessidade de ter um espaço fixo para servidores, apoia as equipas e permite rotatividade ocupacional. O quarto foi atribuído à tecnologia colaborativa com uma crescente adopção de soluções de high e low tech. Por fim, o quinto refere-se à tecnologia móvel que permite maior mobilidade, flexibilidade e produtividade aos seus utilizadores.

Redução constante de equipamentos

Naturalmente, que nada disto é estranho para a maioria dos trabalhadores que nos últimos anos têm vindo a assistir a uma redução constante de equipamentos necessários para a o exercício das suas funções. Contudo, segundo o estudo ainda que a tecnologia seja um factor motivador para uma melhor utilização do espaço de trabalho, o ritmo da mudança não será tão rápido como muitos analistas previam. Existem factores bloqueadores que impedem que a mudança aconteça de um dia para o outro. Sobretudo por questões de credibilidade de novos produtos, custos de investimento requeridos à cabeça, mudança cultural necessária para alterações tecnológicas e do espaço de trabalho, protecção de dados e questões de segurança e requisitos variáveis de cada sector.

Uma década para mudar hábitos

“Ainda que este tipo de mudanças ocorra a ritmos diferentes nos diversos países e Portugal não seja, neste domínio, um país pioneiro, é crucial começar a ver mais além e introduzir novas questões quando as empresas equacionam a mudança de instalações, quando os promotores desenvolvem novos edifícios de escritórios ou quando os proprietários pretendem reformular os seus portefólios”, refere Mariana Seabra, Diretora do Departamento de Office Agency da Jones Lang LaSalle Portugal.

A responsável garante mesmo que nos próximos dez anos, o enfoque estará claramente centrado no uso das novas tecnologias e estas irão afectar a ocupação de escritórios, a relação dos ocupantes com o seu local de trabalho e, consequentemente, o modo como se constroem os espaços. Mariana Seabra revela que existem cerca de 500.000 m² de escritórios desocupados no mercado de Lisboa e que muita desta área não reúne as condições exigidas hoje em dia pelas empresas, “com isto, apercebemo-nos de que temos ainda um longo caminho a percorrer”.

Fonte: Diário Imobiliário

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