A redução do investimento residencial em 2013 traduz as perspectivas de rendimento permanente das famílias, nomeadamente dada a deterioração da situação no mercado de trabalho. A redução desta componente deve ser inserida numa tendência de médio prazo, decorrente da estabilização do stock de habitação, depois do aumento registado ao longo dos anos 90. Para 2014 perspectiva-se alguma estabilização do investimento residencial, no quadro de alguma sustentação do rendimento disponível das famílias. Este é o retrato traçado pelo Boletim Económico da Primavera do Banco de Portugal.
Procura para arrendamento é de 45,5%
A estabilização é então o futuro do mercado imobiliário. Contudo, a procura de bens imóveis continua a ser uma constante, no entanto efectuada com uma abrangência diversificada e em moldes mais restritos. Segundo o Catálogo de Estudos de Mercado relativamente ao II Trimestre de 2013, elaborado pelo Gabinete de Estudos da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, no primeiro trimestre do ano de 2013, as intenções de procura de imóvel para arrendamento aproximam-se dos 45,5%, em alguns distritos essa realidade atinge mais de metade das pesquisas efectuadas.
Nas pesquisas efectuadas ao Portal CasaYes, durante o primeiro trimestre do ano corrente, a procura de valores, no âmbito nacional, direccionada para o arrendamento residencial em 38,7% dos casos encerrava-se entre os 300 e os 500 euros, em 37,8% para valores inferiores ou iguais a 300 euros e em 14,4% dos casos entre os 500 a 750 euros. Contrastando a procura, com o que existe em stock no mercado para oferta denota-se um certo desequilíbrio, sobretudo no limite inferior. De facto, apenas 10,9% dos imóveis para oferta no Portal registaram valores inferiores ou iguais a 300 euros, 43% encerram valores compreendidos entre os 300 a 500 euros e 21,3% entre os 500 e os 750 euros.
Para aquisição é de 52,7%
No referente, à procura de imóveis residenciais para aquisição, estes encerraram cerca de 52,7% das pesquisas efectuadas ao portal imobiliário CasaYes. 24,8% direccionou-se para valores inferiores ou iguais a 75.000 euros, 30,8% entre os 75.000 e os 125.000 euros e 19,9% entre os 125.000 e 175.000 euros. Em relação à oferta os valores médios, concentraram-se maioritariamente em torno dos 75.000 até aos 125.000 euros (29,1%) e entre os 125.000 e os 175.000 euros (20,2%).
A procura por tipo de imóvel, 57,3% das pesquisas direccionavam-se para apartamentos e 30,5% para moradias. Por tipologia a procura continua segmentada, à semelhança da oferta, maioritariamente nos T2 e T3.
Lisboa, o município mais procurado
Tendo por unidade de análise o concelho, no primeiro trimestre do ano, o município de Lisboa encontra-se na primazia no âmbito dos concelhos mais pesquisados com 10,8%, na procura de apartamentos com 15,9%, no que concerne a imóveis não residenciais encerra cerca de 7,3%, nos imóveis para compra 8,3% e para arrendamento 14,8%. Na procura de moradias Vila Nova de Gaia continua a assumir a liderança com 4,5% de pesquisas geradas, ocupando Lisboa, neste caso, o oitavo lugar. No que se refere ao arrendamento, as pesquisas centralizaram-se maioritariamente em municípios das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Fonte: Diário Imobiliário
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