Em Agosto, mais de metade das famílias ainda vão sentir um alívio na prestação da casa.
Em plena crise, os portugueses com crédito à habitação têm beneficiado de maior folga orçamental devido ao nível historicamente baixo de juros. Mais de metade das famílias que vêem a taxa de juro do seu empréstimo da casa revista em Agosto vão sentir uma folga ainda maior, já que apenas os contratos indexados à Euribor a três meses vão sofrer um agravamento, ligeiro, na prestação.
Para os empréstimos associados a este indexante os encargos mensais sobem 0,2%. Assumindo o cenário de um empréstimo de 100 mil euros por um prazo de 30 anos e com um ‘spread' de 1%, nos empréstimos indexados à Euribor a três meses a prestação agrava-se uns meros 56 cêntimos para os 331,89 euros.
Já os contratos que têm como referência as Euribor a seis e 12 meses voltam a beneficiar de um alívio na prestação. No entanto, no caso dos créditos indexados à Euribor a seis meses a redução será muito curta. Neste cenário, quem revir a taxa do crédito em Agosto vai ver a prestação baixar 0,1% face à última revisão. Na prática, a prestação cai para 337,26 euros, implicando uma poupança mensal de apenas 0,42 euros. Por sua vez, os contratos associado à Euribor a 12 meses continuam a ser os mais favorecidos pela diminuição dos juros registada ao longo do último ano. Para estas famílias, o valor da prestação diminui 7,1% em Agosto face ao valor fixado há um ano. Durante os próximos 12 meses, estes agregados vão ter um encargo mensal com o empréstimo de 346,27 euros, menos 26 euros face à prestação de há um ano.
A expectativa é de que o reduzido número de famílias que têm créditos associados a este indexante beneficiem de cortes na prestação nos próximos meses. O mesmo já não deverá acontecer com a grande maioria dos agregados face ao recente comportamento das Euribor e às perspectivas de evolução futura. A boa notícia é que o mercado antevê que a subida das taxas seja muito gradual. Com base no comportamento dos contratos de Forward Rate Agreement (PRA), o mercado antevê que, no final de 2013, a Euribor a três meses esteja nos 0,31%.
Ou seja um pouco acima dos actuais 0,226%. Ao rever as recentes declarações de Mario Draghi na última reunião do Banco Central Europeu (BCE) no início de Julho os sinais também são positivos. Draghi afirmou que o BCE vai manter as principais taxas de juro de referências em níveis baixos "por um período prolongado". A taxa de juro de referência da zona euro encontra-se no mínimo histórico de 0,5%.
Fonte: Económico
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.