18 julho 2013

Região Norte lidera nas casas vagas


No ano de 2011, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, o stock do mercado residencial, ascendeu a 3,5 milhões de edifícios de habitação familiar e 5,9 milhões de alojamentos. Do total dos alojamentos, 32% localizam-se na Região Norte, 25% nas regiões do Centro e de Lisboa, 8% no Alentejo, 6% no Algarve e 2% nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

Segundo o Catálogo de Estudos de Mercado – II Trimestre de 2013 do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, no período decorrente entre 2001 a 2011, o número de fogos registou um crescimento médio anual de 1,6%, registando um ligeiro abrandamento face ao decénio 1991 a 2001 (1,9%). Indiciando uma contracção da oferta residencial, esta foi naturalmente acompanhada pelo decréscimo de obras concluídas e licenças emitidas. Em 2011, o fogo por habitante rondava 1,8, registando um decréscimo face a 2001 (2,1), a esta realidade não será indiferente a alteração do comportamento da população residente, destacando-se entre outros factores, o aumento da idade na vida activa, a diminuição do índice de fecundidade e de natalidade.

Na Área Metropolitana do Porto (AMP), em 2011 o número de alojamentos era de aproximadamente 792 mil. Neste último decénio o número de alojamentos familiares cresceu cerca de 15,8%, ligeiramente inferior à média nacional (16,7%) traduzindo-se em 19.189 novos alojamentos por ano.

Vila Nova de Gaia, Porto e Matosinhos com mais stock residencial

Na AMP, destacaram-se com o stock de alojamento mais elevado em 2011, os municípios de Vila Nova de Gaia, Porto e Matosinhos. Quanto a crescimento do nível de alojamentos, destaque para os municípios de Maia, Matosinhos, Valongo e Vila do Conde.

Para além da diminuição do ritmo de crescimento do número de alojamentos, é notório o decréscimo do número de habitantes por fogos, quer para Portugal, quer para a AMP, quer para os concelhos. A redução deste indicador tem na sua origem, no decréscimo populacional, influenciado entre outros factores pelo aumento da idade na vida activa, por diminuição do índice de fecundidade e de natalidade. Bem como o aumento da proporção de famílias unipessoais (maioritariamente constituídas por idosos).

Alojamentos vagos registaram um crescimento de 35% numa década

Ainda em 2011, de acordo com os resultados dos Censos, referente aos alojamentos, 3,9 milhões (68%) eram de residência habitual, 1,1 milhões (19%) alojamento sazonal e 734 mil (13%) alojamentos vagos. De referir, no que concerne aos alojamentos vagos, que se registou um crescimento de 35% face a 2001.

Na AMP em 2011, do total de alojamentos, 618,7 (78,1%) mil destinavam-se a residência habitual, 77,5 mil (9,8%) a alojamentos sazonais e 95,7 mil (12%) encontrava-se vagos. No período decorrente entre 2001 a 2011, os alojamentos de residência habitual registaram um crescimento de 14%, os sazonais e os vagos, cresceram ambos, cerca de 22%.

Numa análise concelhia, a generalidade dos municípios da AMP, registou um crescimento bastante pronunciado de alojamentos vagos, com particular destaque para os municípios de Oliveira de Azeméis, Póvoa do Varzim, Santo Tirso e Vale de Cambra. Ainda em 2011, os alojamentos vagos, representavam cerca de 16% do total desses alojamentos na AMP e destinavam-se ao arrendamento. Contudo ainda durante a década de 2001 e 2011 a propriedade é ainda uma realidade para cerca de 73%, o número de alojamentos arrendados rondou os 19,9%.

Fonte: Diário Imobiliário

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