Um edifício em Londres é acusado de ter derretido partes de carros estacionados perto dele. Conhecido simplesmente pelo seu endereço - 20 Fenchurch Street - o edifício é um arranha-céus situado no coração da City, a zona financeira. Revestido de um alumínio especial e com uma curvatura distintiva, parece que reflecte os raios do sol aumentando-lhes a intensidade seis vezes.
O dono de um automóvel diz que se aproximou do mesmo e começou a sentir cheiro a pneus queimados. Quando foi ver, não eram só os pneus. Também o plástico das janelas, e as próprias garrafas dentro do carro, pareciam que tinham sido cozidas. Não é coisa que se faça a um Jaguar.
Os responsáveis já indemnizaram pelo menos uma pessoa, e provavelmente mais. Dizem que estão atentos às preocupações. Mas recusam interromper a construção. Não se interrompe assim um edifício de 34 andares e 200 milhões de libras. Para já, a principal medida preventiva foi retirar os três parques de estacionamento que se encontravam à volta.
A estética de gosto discutível do edifício comercial 20 Fenchurch Street, batizado de Edifício Walkie-Talkie devido à sua forma particular, já não é a principal preocupação dos habitantes do centro de Londres. A fachada envidraçada côncava do arranha-céus tornou-se uma verdadeira arma solar de destruição, capaz de concentrar a luz de forma tão intensa que tem danificado estruturas e veículos na proximidade e encandeado os transeuntes de uma das ruas mais trafegadas da capital inglesa. A Câmara Municipal de Londres já ordenou o encerramento de algumas zonas de circulação e estacionamento da área até que a situação seja investigada.
O projeto do edifício de 160 metros de altura, cuja conclusão da construção estava planeada para 2014, foi criticado desde o início devido às suas dimensões, design e localização e a obra poderá ter mesmo de ser interrompida até que seja encontrada uma solução para o problema.
Alguns técnicos consideram a situação inaceitável e perigosa e apontam o dedo ao arquiteto Rafael Vinoly, autor de outro projeto que ficou conhecido como “Raio da Morte”, o edifício Vdara em Las Vegas, que teve problemas semelhantes, também devido às características das suas fachadas.
O dono de obra Land Securities e o empreiteiro Canary Wharf Contractors já assumiram a culpa e apresentaram desculpas a todos os afetados, prometendo arcar com os custos das reparações e encontrar uma solução para o defeito de conceção com a maior rapidez possível.
Fonte: BBC London |
Fonte: BBC London |
Fonte: Expresso e BBC London
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