A oferta de habitação da banca nos concelhos do distrito de Braga é atualmente escassa e a que surge é absorvida, especialmente, pelos clientes finais.
As condições financiamento atrativas na aquisição de imóveis da banca leva a que sejam os clientes finais os mais interessados em comprar. De acordo com os mediadores que atuam nos concelhos de Braga, Guimarães e Barcelos, neste momento, a oferta de habitação que surge no mercado é colocada, especialmente, em clientes finais.
Na opinião de Rui Macedo, da Mérito Invest, “neste momento a oferta de habitação da banca não é muita e é facilmente colocada nos clientes finais, devido à maior facilidade de financiamento”, refere.
Constatando que a oferta de imóveis não residenciais é atualmente superior ao residencial, Rui Macedo alerta que, no caso da cidade de Braga, ainda aparecem algumas frações no centro da cidade. Já em Guimarães e Barcelos a oferta está localizada, especialmente, nas zonas limítrofes das cidades.
Na opinião de José Araújo, diretor do Millennium bcp, “a maioria dos imóveis em venda são apartamentos com a tipologia T2 ou T3, de valor médio de 70 mil euros, em zonas variadas mas predominantemente nas áreas limítrofes das grandes cidades”.
Segundo o responsável a oferta é constituída, especialmente, “por apartamentos da gama média-baixa como se pode ver pelo valor médio de comercialização”.
Na opinião de Alvarim Miranda da mediadora Guimarcasa, “surgem imóveis de toda gama desde o T1 até à moradia de luxo”, ou seja apartamentos a 50.000 euros como uma moradia de luxo de 500.000 euros”.
De acordo com os dados da Confidencial Imobiliária, no concelho de Braga, o número de fogos em venda atinge as 3900, sendo que 54% são novos. Uma situação bem diferente de outros concelhos urbanos desta região em que o usado tem um peso superior. Contudo, se considerarmos isoladamente a freguesia de Maximinos, verificamos que o peso dos fogos usados é muito superior. Dos cerca de 173 fogos para venda, 70% são usados.
Ainda de acordo com a Confidencial Imobiliário o número de fogos em oferta no concelho de Guimarães é de 1180, sendo que 56% são fogos novos e 44% são fogos usados. Na freguesia urbana de Oliveira do Castelo, dos 22 fogos para venda, 72% são usados.
Oferta para arrendamento
No caso da oferta de habitação para arrendamento a primeira constatação é que não há muitos imóveis de qualidade nesta região. Rui Macedo considera-a “caótica”. Contudo os valores de arrendamento pedidos tem sido “revistos em baixa, especialmente nas tipologias T3, que são mais difíceis de arrendar”. No caso de Braga existe alguma oferta no centro da cidade, a preços médios. Já em Guimarães, onde a oferta é mais escassa, os valores pedidos são superiores.
Evento cultural em Guimarães estimulou vendas
A realização do evento Guimarães Capital da Cultura, em 2012, permitiu a concretização da venda de imóveis, tanto a residentes como emigrantes e a alguns estrangeiros. “Houve residentes e não residentes a comprar casas, alguns brasileiros que quiseram comprar e alguns emigrantes”, refere Rui Macedo da Mérito Invest.
Embora a expectativa criada à volta da realização do evento fosse bastante mais animadora na concretização de negócios nas áreas da reabilitação e arrendamento, Rui Macedo, adianta, que, mesmo assim, houve algum movimento no mercado imobiliário. “Notou-se alguma animação, mesmo na venda de alguns prédios para arrendar e para hostels, alojamento turístico”.
Alvarim Miranda, da Guimarcasa, confirma que “no âmbito da capital Europeia da Cultura houve uma maior procura de imóveis no centro histórico da cidade, para fins turísticos”.
Fonte: Público
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