26 novembro 2013

Arrendamento vai continuar a crescer até final do ano


Portugueses procuram rendas entre os 300 e os 500 euros e apostam em zonas junto dos centros urbanos.
O mercado de arrendamento continua a crescer e sem dar resposta às necessidades da procura, admitem as mediadoras contactadas pelo i. As dificuldades de acesso ao crédito justificam, em parte, este aumento da procura. Também a actual incerteza do contexto económico (maior desemprego e maior necessidade de mobilidade por questões profissionais) veio dar um novo fôlego a este mercado. Segundo as contas da ERA, este segmento já representa 36,6% do total das operações.

"Até ao final do ano é natural que a procura de arrendamento continue a aumentar como tem crescido nos últimos anos. Uma vez que a compra de imóveis se tornou mais difícil devido às restrições no crédito, muitos portugueses encontram no arrendamento a solução para as suas necessidades habitacionais", explica a CEO da Remax, Beatriz Rubio. Já o administrador da Century 21, Ricardo Sousa, lembra que esta subida da procura deve--se também à entrada de pequenos e médios investidores que adquirem imóveis para colocar no mercado de arrendamento.

VALORES
Os portugueses continuam à procura de rendas baixas e estão dispostos a pagar entre 300 a 500 euros por mês. Mas estes valores não se aplicam a todas as zonas do país, uma vez que é preciso ter em conta outros factores como as tipologias dos andares, ano de construção, localização, acabamentos, etc. Isso significa que os valores dos arrendamentos variam bastante consoante estas características.

Já em relação a uma possível redução de preços, as opiniões variam. Enquanto a ERA acredita que poderemos vir a assistir a uma baixa das rendas actualmente praticadas, já que a expectativa é de existir maior oferta neste mercado, já a Century 21 e a Remax afastam uma descida a médio prazo. "A procura de arrendamento cresceu exponencialmente nos últimos anos e a oferta, por sua vez, manteve-se. Acreditamos que os preços dos imóveis não deverão cair a curto prazo", diz Beatriz Rubio.

Os centros urbanos junto a transportes públicos continuam a ser as zonas com maior procura. "Antes de decidir que casa arrendar, considere o seu estilo de vida, as necessidades habitacionais actuais, bem como o seu orçamento", aconselha Ricardo Sousa. Uma opinião partilhada pelo director-geral da ERA, Miguel Poisson: "Cada pessoa deve, de per si, avaliar a sua situação particular, e ponderar a sua situação financeira".

NOVA LEI 
As três mediadoras fazem também um balanço positivo da nova lei do arrendamento. A opinião é unânime: veio trazer segurança aos proprietários e tornou o processo de selecção de inquilinos mais rigoroso. Aliás, as empresas, na sequência desta nova legislação, acabaram por lançar produtos próprios que funcionam como uma espécie de seguro de renda. Ou seja, estas soluções garantem o pagamento do imóvel aos proprietários mesmo em caso de incumprimento do inquilino.

Fonte: iOnline

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