Segundo o último Snapshot de Escritórios publicado pela consultora imobiliária CBRE, o facto de os três maiores negócios do ano - Schneider Electric, Astington Services e Subsea 7 - terem sido realizados no terceiro trimestre veio ativar o mercado de arrendamento de escritórios neste período.
O estudo relativo ao terceiro trimestre de 2013 revela assim uma evolução positiva face ao trimestre anterior, uma vez que a absorção bruta de escritórios ao longo deste período situou-se ligeiramente acima dos 19.000m², o que corresponde a um aumento trimestral de 27,6%. Contudo, a absorção acumulada até ao terceiro trimestre de 2013 corresponde a menos 40% do valor observado no período homólogo.
As rendas prime continuam com uma pressão em baixa, tendo-se verificado no último trimestre novas descidas nas zonas do CBD2, Centro Histórico e Parque das Nações com variações trimestrais negativas, na ordem dos 3% e 4%.
Perspectiva-se que a absorção de escritórios deva manter a tendência que tem seguido nos últimos meses, de forma a que o indicador anual deverá ficar aquém dos 100.000 m2 verificados no ano passado. Até ao final do ano é esperada a conclusão de mais 28.400m2 de espaços empresariais, dos quais 74% são promoção especulativa. Com o incremento da oferta disponível deverá continuar a tendência de subida da taxa de disponibilidade e a redução do valor das rendas prime.
Segundo André Almada, Director Sénior de Agência de Escritórios, Comércio, Industrial e Logística da CBRE: “Estamos de facto a atravessar um dos piores anos do mercado de arrendamento de escritórios em Lisboa sendo muito provável que o total da absorção em 2013 fique próximo do registado em 2011 (88.000 m2), ano em que se verificou o nível de absorção mais baixo desde que é feito este apuramento de informação. E acrescenta que “Relativamente ao ano passado, verificamos uma quebra significativa no volume de ocupação, a qual contudo não é acompanhada de idêntica redução no número de negócios efetuados, com um decréscimo de apenas 8%; ou seja o mercado não está muito menos ativo do que no ano passado mas há muito menos transações de grande dimensão. Numa altura em que o enfoque das empresas está na redução dos custos de arrendamento, verifica-se que muitas vezes compensa, nomeadamente para as grandes empresas, ficar no mesmo local renegociando a renda e evitando os elevados custos de mudança.”
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