Nos últimos cinco anos, os valores de avaliação bancária têm vindo a ajustar-se à realidade socioeconómica, traduzida em traços gerais, por uma contínua instabilidade no mercado de trabalho e no poder aquisitivo das famílias, numa hesitante confiança no mercado e na prolongada restritividade bancária.
Restritividade essa, que segundo inquéritos recentes aos bancos sobre o mercado de crédito, do Banco de Portugal se traduziu na manutenção das condições praticadas no que diz respeito à concessão de crédito à habitação. De acordo, com o mencionado inquérito, para os próximos três meses, prevê-se que a procura de empréstimos para a aquisição de habitação continue sem alterações ou de acordo com dois dos bancos inquiridos diminua ligeiramente.
Esta limitação da concessão de crédito, tem reflexos nos valores de avaliação bancária. No geral, no período em estudo desta variável concreta (de setembro de 2008 a junho de 2013), a variação homóloga apresenta-se nos últimos meses do ano de 2010 e até meados de 2013 tendencialmente negativa, concluindo a valores de avaliação inferiores e por seu turno a montantes de financiamento mais baixos.
De acordo com dados divulgados pelo INE, entre setembro de 2008 a junho de 2013, o valor médio do segmento residencial rondou os €1.106/m2. Comparando os valores médios de avaliação bancária, em termos homólogos, denota-se a partir de setembro de 2010 um decréscimo dos mesmos, não obstante numa análise mensal, estes registaram um ligeiro aumento nos meses de maio e junho de 2013.
Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP
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