Esta nova área de negócio apresenta bastante oferta, bem localizada e com comissões e preços médios superiores. Um mercado potencial para a mediação imobiliária.
A realização de leilões de imóveis comerciais e de serviços está a dar os primeiros passos, mas apresenta um grande potencial de crescimento.
“Se a economia confirmar os sinais de crescimento que foram recentemente divulgados, acreditamos que sim. Boas oportunidades não vão faltar pois há maior oferta, diversidade de espaços nas melhores zonas, muitos deles melhor localizados que os imóveis habitacionais”, considera José Araújo, diretor do Millennium bcp.
O banco vai realizar nos próximos dias 16 e 17, no Porto em Lisboa, respetivamente, dois eventos de venda de imóveis comerciais.
“O valor médio de partida neste evento é de 61 mil euros”, diz. São 21 imóveis localizados a sul: nos concelhos de Albufeira, Portimão, Silves, Tavira, Leiria, Lisboa, Odivelas, Oeiras, Sintra, V. F. Xira, Almada, Moita, Palmela, Sesimbra, Setúbal. E um conjunto de 33 imóveis a norte: nos concelhos de Gondomar Lousada, M. Canaveses, Maia, Matosinhos, Penafiel, Porto, Santo Tirso, V. N. de Gaia e Vila do Conde.
Na opinião de José Araújo, “nas ações que vamos desenvolver, de Norte a Sul do país, vamos apresentar todo o tipo de produto comercial, desde lojas a escritórios, passando por armazéns e outros”.
Acrescenta que, “os valores apresentados nestes dois eventos são verdadeiros valores de saldo, pois neste tipo de produto os descontos ainda são mais altos”.
Sobre os resultados esperados, o responsável alerta que sempre que são realizados leilões ou ações comerciais como esta é para que todos os lotes que vão à praça sejam licitados. “Sabemos que em alguns dos casos pode ser mais difícil, mas esperamos uma boa afluência e bons resultados”, refere.
Descontos apetecíveis
Há várias razões que tornam os leilões apetecíveis a investidores e a clientes finais. “Obviamente o desconto que podem obter alguns dos bons imóveis, com boas taxas de juro para o seu financiamento, e a prazos aceitáveis, que podem proporcionar um bom arranque de negócio ou uma yield superior à que se consegue por via dos depósitos bancários”, refere José Araújo.
Nesta ação comercial há ainda a incógnita sobre os valores de saída, já que em alguns dos lotes não são previamente conhecidos. Ou seja, há apenas valores de referência, de partida, pelo que se espera mais afluência e mais concorrência na sua participação.
Há poucas diferenças entre os leilões habitacionais e os de imóveis comerciais e de serviços. Contudo, “destaca-se, apenas, o menor prazo de aquisição final e um custo de crédito ligeiramente superior por via de leasing”, refere.
Nos leilões não habitacionais o cliente final também é diferente. “Neste caso não há decisões tão emocionais como por vezes sucede nos imóveis habitacionais, pois o futuro proprietário do espaço tem um negócio para rentabilizar ou um investidor para remunerar”, alerta José Araújo.
O responsável alerta, ainda, que se os operadores de mercado forem capazes de se especializar nestes segmentos, pode ser aberta uma nova área de negócio com bastante oferta, mais bem localizada e com comissões e preços médios superiores.
“Neste tipo de produto os descontos ainda são mais altos”
Na opinião de Diogo Pitta Livério, diretor comercial da Euro Estates, entidade que organiza os dois leilões com imóveis do Millennium bcp, “os valores apresentados nestes dois eventos são verdadeiros valores de saldo, pois neste tipo de produto os descontos ainda são mais altos”.
Acrescenta que “os leilões não habitacionais estão muito em linha com os habitacionais diferindo no tipo de cliente/decisor, na afluência, que como é natural não é tão elevada, e no processo de decisão dos clientes que também é mais longo neste caso”.
Nas ações que a Euro Estates está a desenvolver, de Norte a Sul do país, vai apresentar todo o tipo de produto comercial, desde lojas a escritórios, passando por armazéns e outros.
Na sua opinião as razões que tornam os leilões apetecíveis a investidores e clientes finais são as mesmas que são visíveis nos leilões habitacionais. Ou seja, valores de comercialização abaixo dos valores de mercado, condições de empréstimo mais atrativas e baixos valores de contrato de promessa de compra e venda.
Assim a expectativa sobre o resultado esperado na realização do leilão é “a de conseguirem comercializar perto de 50% da carteira a apresentar nos dois eventos do fim-de-semana”.
Para a Euro Estates a realização de leilões não habitacionais já não é uma novidade. “Já o fazemos há cerca de 4 anos, sendo que numa 1ª fase apresentávamos estes imóveis conjuntamente com os habitacionais e a partir do início de 2012 começamos a realizar no mesmo dia dois tipos de leilões: imóveis comerciais da parte da manhã e habitacionais à tarde”, esclarece Diogo Pitta Livério.
Fonte: Público
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