10 novembro 2013

Macau: Pressão imobiliária faz disparar preços


Os valores da habitação são elevados e estão sempre a subir. Uma loja na zona turística pode custar 40 mil euros por mês. O imobiliário está ao rubro.

Macau é a capital mundial do jogo, uma evidência que entra pelos olhos dentro assim que se aterra na cidade. É um negócio de generosos milhões que absorve a maioria da mão de obra da região especial, até 1999 sob administração portuguesa. 

Os seis grupos que operam no jogo em Macau empregam mais de 100 mil pessoas. E estão a atrair a maioria dos jovens - um croupier em início de carreira ganha à volta de 1.400 euros. As receitas não param de crescer, em outubro bateu-se um novo recorde: 3,6 mil milhões de euros. Nos primeiros nove meses de 2013 as receitas do jogo ascenderam a 29,7 mil milhões de euros, mais 18,4% do que no mesmo período de 2012. Ou seja, já é quase sete vezes o jogo em Las Vegas.

Tudo gira à volta dos casinos. Há neste momento 36, mas mais estão a caminho. Dezassete são da Sociedade de Jogos de Macau, do milionário Stanley Ho, detentor de 26% das receitas de jogo. É quase permanente o som das máquinas junto ao maior casino da região especial administrativa, o gigante The Venetian, situado no istmo Cotai. Dominam a paisagem, e quase engolem a Macau antiga, onde pelas calçadas portuguesas - algumas decoradas com caravelas, lembrando que Portugal administrou o território mais de 400 anos - se passeiam todos os dias milhares de turistas que chegam para jogar no casino e ir às compras. Lojas das grandes marcas internacionais aparecem a cada esquina, símbolo da prosperidade, opulência e luxo.

Mas se Macau prospera, com uma economia que cresce cerca de 10% ao ano e um desemprego de apenas 1,9%, há uma enorme pressão imobiliária que sufoca a classe média e torna os negócios um desafio maior. Os preços da habitação são elevadíssimos e estão sempre a subir. A procura é grande e a oferta limitada, a especulação tem vindo a aumentar. Uma loja na zona turística pode custar 40 mil euros por mês. Ou seja, é preciso ter um fundo de maneio grande no arranque dos negócios em Macau.

Fonte: Expresso

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