Este ano, e até Setembro, as licenças de reabilitação urbana registaram uma quebra de 25,3% face a 2012.
Como forma de apoiar o desenvolvimento da reabilitação urbana, a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) lançou um portal dirigido a todos os interessados neste mercado. O presidente da associação, Reis Campos, mostra-se confiante que "muito rapidamente, esta ferramenta poderá afirmar-se como o principal ponto de referência e de encontro de todos os interessados na reabilitação urbana, tanto por parte da procura como da oferta".
Isto, porque o portal irá disponibilizar gratuitamente aos interessados na realização de obras a possibilidade de consultarem empresas e a inserção de anúncios, com o objectivo de obtenção de contactos e orçamentos. Por outro lado, as empresas que operam no mercado poderão, de forma também gratuita, figurar no directório de empresas, conhecer oportunidades de negócio, de formação, informação relevante, entre outros serviços. Já as instituições de ensino poderão divulgar os estudos que produzirem sobre o sector.
Importa também mencionar que será disponibilizado o acesso a legislação, publicações de carácter técnico e científico e notícias. Além disso, toda a informação será regularmente actualizada.
Para Reis Campos este portal poderá ser uma solução para um sector que ainda tem um longo caminho a percorrer.
"A reabilitação urbana é um imperativo moral e ético", afirmou o presidente da AICCOPN, argumentando que "não podemos continuar a assistir ao declínio dos nossos centros urbanos e à destruição de um património edificado que tem um valor incalculável do ponto de vista económico, cultural e social". Veja--se que em Portugal, as obras de reabilitação representam apenas 6,5% do total da construção, enquanto que no resto da Europa, esse valor sobe para os 37%.
Estes números chamam a atenção para a emergência de se fazer algo para contrariar esta tendência. Apesar de a sociedade reconhecer a sua importância no que diz respeito à sua concretização, a realidade é muito diferente. "o próprio Memorando assinado com a troika contemplou esta área, sendo inclusivamente uma das poucas que foram incluídas a pensar no crescimento económico", lembrou o presidente da AICCOPN, enfatizando que "todos os partidos políticos, seja a nível nacional, seja a nível local, apresentam a reabilitação no centro das suas propostas, porque sabem bem qual é a sua importância em termos económicos e sociais. Porém, tal não se verifica no terreno e basta olhar para os indicadores para perceber que existe um longo caminho a percorrer nesta matéria. Por exemplo, este ano, e até Setembro, as licenças de reabilitação de habitação registavam uma quebra de 25,3%, o que demonstra bem a falta de dinâmica do mercado".
O dirigente associativo recorda ainda que devido às dificuldades de se obter crédito à habitação, a reabilitação adquire importância acrescida, na medida em que "é imprescindível para o desenvolvimento do mercado de arrendamento".
Fonte: iOnline
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