29 dezembro 2013

Transações em Outubro animam mercado


Gradualmente o número de transações de imóveis começa a subir e o mercado anima-se. Os mediadores estão mais otimistas e os números comprovam a subida nas vendas, sobretudo no segmento da habitação. De acordo com o Inquérito Mensal de Conjuntura (IMC), do Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e das Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal - APEMIP, Outubro pautou-se por algum otimismo, devido ao aumento da comercialização de casas.

O sentimento foi alargado a outros segmentos nomeadamente o comércio, terrenos urbanos, indústria e escritórios, que registaram por parte de alguns inquiridos um dinamismo positivo. De facto, no residencial (17,9%), nos terrenos rústicos (3,1% ) e no comércio (2,6%), os inquiridos mencionaram que as transações efetuadas foram acima do normal, comparativamente ao mês anterior. 

Contudo, ainda não se pode dizer que o nível de transações é o desejado, até porque, para os participantes do IMC, na comparação com Outubro de 2012 a perceção generalizada de diminuição. Os escritórios e os terrenos urbanos foram os que registaram piores níveis homólogos, mais de 60% abaixo do normal.

Ainda no mês de Outubro, em relação às expetativas de evolução do valor das transações imobiliárias, nos diferentes segmentos a generalidade dos inquiridos prevê, à excepção do comércio, a manutenção dos valores praticados a médio prazo. No segmento industrial (6,3%), no residencial (5,4%), nos terrenos rústicos (3,1%) e no comércio (2,6%) existe um número residual de inquiridos que perspetivam um aumento dos valores de mercado praticados. 

Futuro ainda incerto 

Também seguindo a tendência de meses anteriores, de entre os vários obstáculos inerentes ao desenvolvimento da atividade de mediação imobiliária, a generalidade dos inquiridos destacou a restritividade bancária (84%), a diminuição do poder de compra (75%), a instabilidade no mercado de trabalho (73%), a mediação ilegal (46%) e o desinvestimento económico (43%). Estas variáveis continuam a afetar o comportamento do mercado imobiliário. 

Para os próximos três meses, as expetativas perante a evolução da atividade imobiliária traduzem-se por um comportamento que varia entre o tendencialmente negativo e o de expetativa. Comportamento esse que segue a tendência do primeiro semestre deste ano. 

Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP / SOL

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