Comprar casa a crédito tem sido tarefa complicada. Com o incumprimento em alta, que fez disparar a carteira de imóveis detidos pela banca, o sector tem mantido a "torneira" quase fechada. Este ano, até Outubro, foram concedidos 1.661 milhões em novo crédito com destino à habitação, bem menos que os 11.746 milhões registados no mesmo período antes da crise, em 2008. Em 2014, a tendência de corte deverá manter-se.
"Não me parece que a oferta venha a aumentar", diz Filipe Garcia, economista da IMF. "As condições de concessão de crédito deverão continuar moderadamente restritivas", remata Paula Carvalho.
A economista-chefe do BPI explica: "por um lado, pelos condicionantes que afectam o sistema bancário em termos de rentabilidade e adequação do capital. Por outro, porque os níveis de endividamento das famílias continuam altos".
"Ainda não se nota uma abertura pronunciada, mas o primeiro sinal virá da disponibilidade do crédito e só depois no preço", acrescenta Filipe Garcia.
Rui Serra, por seu lado, diz "que o primeiro sinal de redução das restrições já ocorreu: o novo crédito começou a subir". Para o economista-chefe do Montepio, a "redução dos ‘spreads’ irá acompanhar a redução dos ‘spreads’ da República Portuguesa e a diminuição do incumprimento bancário".
Tome nota: Para obter crédito para comprar um imóvel, terá de ter poupanças para conseguir cobrir até metade do valor do imóvel. Nestes casos, os bancos facilitam o crédito já que o risco para a instituição é baixo. Outra forma é através da aquisição de um imóvel que esteja no balanço do banco. Além do financiamento a 100%, nestas casas é possível ter "spreads" reduzidos.
Fonte: Negócios
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.