O investimento imobiliário na Europa está a crescer e para Jonathan Hull, da CBRE, a costa portuguesa vai atrair novos projetos.
Jonathan Hun, diretor do departamento de Capital Markets da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) da consultora imobiliária CBRE, não tem dúvidas de que os mercados europeus, no que respeita ao investimento imobiliário, estão a recuperar. mas a diferentes velocidades.
Os investidores estão agora a apostar em Paris e nalgumas cidades alemãs como uma alternativa a Londres e numa ótica de diversificação. E mercados como Itália e Espanha, muito afetados pela crise, estão também a recuperar. Embora esta tendência não tenha chegado ainda a Portugal, o especialista lembra que o país tem uma extensa costa, ideal para o desenvolvimento de projetos residenciais e de lazer.
"Portugal tem uma grande linha de costa e penso que os investidores globais verão oportunidades para desenvolver projetos aqui nos próximos anos, para turismo e privados. Os países mediterrânicos devem usar o que têm, nomeadamente a fantástica linha de costa e que pode ser uma tremenda oportunidade na área de lazer, residencial e turismo", explica Jonathan Hull que analisou as principais tendências de investimento imobiliário na Europa.
Na sua perspetiva o turismo é um produto muito internacional .e os consumidores facilmente se deslocam para obterem o produto que desejam. Daí que veja neste sector uma parte importante do futuro de Portugal. "Mercados como o residencial, turismo e hotéis são os que mais naturalmente vão recuperar no país", salienta. Mas para que estes investimentos se concretizem, a peça que falta é a "recuperação da economia".
Investidores globais
Segundo Jonathan Hull, Itália e Espanha tiveram desempenhos positivos nos últimos meses. "Portugal não está a ter um desempenho tão bom, mas as mudanças ocorrem rapidamente. Assim que os investidores se sentirem mais confiantes, vão voltar", salienta. Nos últimos tempos tem havido uma divisão entre a Europa do Norte e a do Sul, com Londres a surgir como destino seguro para o investimento imobiliário. Atualmente o diretor de Capital Markets da CBRE conta que "Paris e algumas cidades alemãs, como Berlim, Hamburgo, Dusseldorf, Munique e Frankfurt, surgem como alternativa natural a Londres". E o investimento vem um pouco de todo o lado, não é só europeu, mas também americano e asiático. "Há um fluxo constante de investidores e promotores chineses a virem para a Europa e a encararem Portugal como um sítio interessante para começar", revela Jonathan Hull. Os vistos gold têm tido um papel importante na atração de investimento. Mas os chineses olham também para Londres, Paris e as cidades germânicas, tendo uma estratégia de investimento global.
Aposta na qualidade
De acordo com Jonathan Hull a crise do euro afastou investidores que agora estão a regressar aos mercados da EuropaContinental. Quem compra quer ativos de grande qualidade, com bom retorno e boa localização. Não se preocupam apenas com o retorno do investimento. Olham também para o risco económico do país, da cidade e analisam o imóvel que estão a adquirir. Conta ainda o diretor de Capital Markets da CBRE, que "os setores mais dinâmicos têm sido os de escritórios e retalho, mas a logística tem crescido, muito impulsionada pelas novas tendências do comércio on-line".
Fonte: Expresso
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