Contra todos os seus planos, marcou uma visita. Teresa já tinha alguns pertences e não procurava uma casa mobilada. Mas era tarde demais. Foi um tiro certeiro do cupido.
Esta é uma história de amor entre pessoas e uma casa. Não apenas um apartamento, mas o lugar que reconhecemos como lar. O lugar para onde regressar. O nosso espaço. Uma história sobre a empatia entre pessoas que acreditam que "Casa-Metade" não é apenas um conceito, mas um sentimento bem real.
Este caso amoroso é um exemplo de que as relações entre o Ser Humano são mais fáceis se nos abrirmos às emoções e colocarmos paixão em tudo aquilo que fazemos.
Esta história de amor começou no Arrendar Lisboa Com Paixão. O T1 de alma romântica procurava alguém com quem viver o maior romance de todo o sempre. Das mãos do cupido imobiliário, Bruno Mourato, nasceu um texto inspirado. A promessa de um amor verdadeiro, de troca de juras de amor. Esta declaração apaixonou muitos românticos, mas atingiu em cheio o coração de uma sonhadora.
Teresa, de 33 anos, amante dos livros e da escrita identificou-se imediatamente com o projeto. “Uns amigos falaram-me da página no facebook e disseram que eu ia gostar imenso, porque além de mostrarem as casas com uma decoração espetacular, usavam as palavras para descrevê-las. Tem tudo a ver comigo.”
Teresa fala empolgada do primeiro contacto com o conceito. Daí até ao 1º encontro foi apenas a distância de um click. Teresa envolveu-se nas palavras e imagens deste T1, cuja banda sonora, Somewhere only we know, dos Keane, a convidava para um lugar só deles.
Teresa considera-se uma pessoa decidida. À primeira vista sabe logo se gosta ou não de algo. Neste caso, a paixão foi imediata. “Achei que era a minha cara.”
Contra todos os seus planos, marcou uma visita. Teresa já tinha alguns pertences e não procurava uma casa mobilada. Mas era tarde demais. Foi um tiro certeiro do cupido. “Olhei para a casa e gostei de tudo na decoração.” Decidiu que isto não era o suficiente para condenar à partida este amor e pensou: “Vou conseguir!”, relembra, com o mesmo entusiasmo que explica ter sentido na altura.
Foi Amor à primeira Vis(i)ta
Na primeira visita Teresa estava ansiosa. Mas quando conheceu o cupido Bruno e Ana, a proprietária, a empatia foi evidente. A visita até excedeu o tempo previsto. Quando estamos felizes sentimos que o tempo passa mais rápido.
Para os intervenientes deste primeiro encontro o tempo voou. Partilharam-se ideias, sentimentos, formas de estar na vida. Teresa encontrou o apartamento dos seus sonhos, mas também conheceu alguém com quem se identificou. E foi assim que o T1 romântico encontrou uma pessoa que, tal como a sua proprietária, se deixou morrer de amores por ele.
Para Teresa, a visita confirmou o primeiro olhar. “A primeira coisa que me lembro de ter dito foi que a a casa era exatamente como vi nas fotografias”. A decoração, as áreas do apartamento e a localização conquistaram Teresa, que adorou cada canto mas destaca o quarto como a divisão preferida. “Senti-me em casa.”
Mas a história de amor não termina aqui. Teresa visitou novamente o seu enamorado e até levou amigas para partilhar do seu entusiasmo.
A Carta de Amor
Depois da segunda visita Bruno sugeriu a Teresa que fizesse uma proposta à proprietária. Foi aí que surgiu a ideia da carta de amor. “Quando saímos tive uma longa conversa com o Bruno. Falámos no projeto, ele partilhou as suas experiências e isso cativou-me.”
Inspirada pelas palavras do cupido, Teresa quis conquistar o coração deste T1 como ele a conquistou a ela. Com bonitas palavras de amor. Confessou-se uma romântica de corpo e alma, que acredita que as relações são para durar uma vida inteira. Disse-lhe que era no seu conforto que procurava a serenidade. Prometeu cuidar dele.
Fazer dele o seu lar. Para expressar esse sentimento também ela tinha uma música especial para partilhar. A melodia perfeita para iniciar esta relação. Tal como em Home, de Michael Bublé, Teresa sabia que este apartamento era o sítio onde ela se sentiria verdadeiramente em casa. Por isso, era a letra ideal para uma declaração apaixonada.
É que o sentimento de saudade, a vontade de regressar às raízes, é algo muito familiar para Teresa. A vida profissional levou-a por vários países. Foi há cerca de 5 anos que um episódio gravou na sua memória os versos desta canção. Teresa estava em Nova Iorque na época do Natal. Estava fora de casa há quase um mês e sabia que ia regressar daí a poucos dias. “Entrei numa loja de música para comprar esse cd e, de repente, começa a tocar essa música. Cada vez que a ouço associo-a sempre a regressar a casa.”
São pormenores que parecem insignificantes. Uma música, uma imagem. Mas são eles que recordamos e associamos a fases importantes da nossa vida:
“May be surrounded by / A million people i / Still feel all alone / Just wanna go home.”
“Another aeroplane / Another sunny place / I’m lucky i know / But i wanna go home”
É fácil de perceber porque é que esta música inspira a casa. De estar rodeado de pessoas e, ainda assim, sentir-se sozinho. Sente-se abençoado pelas viagens e as experiências que viveu. Mas mantém sempre o desejo de voltar a casa. “Temos várias casas. Já estive em vários sítios e tenho sempre a casa dos meus pais para onde é bom voltar, mas também é bom ter o meu espaço”.
Para esta história de amor ter um final feliz contribuíram vários fatores. Primeiro foi preciso um conceito inovador. Depois, uma equipa de pessoas apaixonadas pelos sentimentos, pelas emoções.
Pessoas capazes de fazer sonhar os outros através das palavras. Então apareceu Ana, que desejava que o seu apartamento fosse amado por alguém que cuidasse dele como se fosse ela. E depois a Teresa, que procurava um espaço para amar, cuidar e chamar de sua casa.
As palavras do Bruno conquistaram a Teresa. As palavras da Teresa conquistaram a Ana e provaram-lhe que ambas partilhavam do mesmo sentimento. O pedido de arrendamento foi aceite de imediato. E foi assim que a Teresa encontrou a sua "Casa-Metade".
O resultado desta experiência está à vista. Teresa acredita que deveriam existir mais iniciativas como esta.
O Futuro
Do Futuro nada sabemos. Mas Teresa fala dos seus planos com o mesmo entusiasmo que conta as suas experiências, com a mesma paixão com que olha para a sua nova casa. O primeiro será um curso de escrita criativa. Uma paixão que surgiu com a leitura e que há muito procurava satisfazer. Talvez a sua história de amor com este T1 romântico a inspire a escrever sobre os “finais felizes” que tanto procura.
A maternidade é outro desafio que quer abraçar. Diz que nessa altura terá de fazer uma gestão. Mas, para já, esta relação será para durar. Mesmo que o futuro a leve para outras paragens, este amor à primeira vis(i)ta será uma experiência que permanecerá.
Mais uma história para contar com o seu discurso apaixonante.
E o que diz o proprietário?
Para Ana, a descoberta do conceito de Arrendar Com Paixão foi um acaso curioso. “Ouvi no verão passado comentar na praia a um grupo muito grande de jovens.” Quando pensou em arrendar o seu apartamento ficou positivamente surpreendida. “É um projeto fresco, tem dinâmica. É uma equipa jovem e com paixão. Acho que existem afetos entre todas as partes envolvidas.”
Ana fez o contacto, que foi respondido rapidamente. E logo aí começou esta relação de empatia entre ela e a equipa que foi visitar o imóvel e tirar as fotografias. “Conversámos sobre poesia, sobre música. Depois, o Bruno pediu-me para escolher algumas músicas. Enviei-lhe três e ele escolheu aquela que tinha tudo a ver com a casa.”
Teresa foi a primeira pessoa a visitar o apartamento e para Ana não restaram dúvidas. “Gostava que alguém cuidasse da casa como se fosse eu. Achei que a Teresa era essa pessoa”.
O pedido de namoro confirmou a primeira impressão de Ana e foi fator decisivo para consumar esta nova relação. “Amei aquela carta. Já quando a Teresa visitou a casa colocou sempre uma tónica romântica nos seus comentários.”
Nas palavras de Ana, as casas são a vida das pessoas. Por isso, escolheu alguém que partilhava a mesma forma de estar na vida. “Há coisas nesta casa que aparentemente não têm importância, mas para mim sim. Acho que a Teresa sente o mesmo.” Para Ana foi uma experiência positiva. Na sua opinião, é cada vez mais importante colocar paixão em tudo na vida.
O ENCONTRO DE ALMAS ROMÂNTICAS
Apaixonada pelo mar revolto e pelas dunas que abraçam o Guincho, encontro a serenidade neste lugar em que há tantos anos partilho emoções.
Aventureira, sempre em busca de novos desafios, comunicativa por excelência, acredita que as relações compartilhadas com amigos são para durarem uma vida inteira. Uma romântica de corpo e alma, pinta os seus sonhos nas estrelas que iluminam a sua vida. Sempre à procura da felicidade, a eterna escritora dos finais felizes. Aprendiz das palavras imaginárias, sábia na arte de ajudar os outros.
Mulher de paixões, enamorou-se ao primeiro encontro neste T1 encantado com mestria. Num segundo encontro confirmou a sua empatia e a sua nova paixão. Pretende criar laços duradouros neste lugar que podia ser como a canção “Home” descreve, o regresso ao sítio onde nos sentimos verdadeiramente em casa.
Com os seus pertences na bagagem, traz consigo um sofá e mais umas relíquias guardadas no seu baú, que pretendia conservar consigo. Queria cuidar de ti por 690 BPM´s (Batimentos por Mês), mais batimento, menos batimento, queria verdadeiramente juntar o meu coração ao teu.
De uma apaixonada,
Teresa Viegas
Teresa Viegas
Fonte: artigo publicado na edição n.º 1 da Revista bpm's
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