Portugal tem ainda 45 mil casas para arrendar, metade das quais em Lisboa e Porto, de acordo com dados da Associação Nacional de Proprietários (ANP). E os números só não ascendem a valores absolutos maiores dada a dimensão do país. Em Espanha estão 3,4 milhões de casas vazias e na Europa estão mais de 11 milhões de frações desocupadas, de acordo com dados do “The Guardian”. França, Itália, Alemanha e Reino Unido são países com milhões de casas devolutas.
António Frias Marques, presidente da ANP, contraria a informação de que a médio prazo haverá falta de habitações. Diz que, pelo contrário, há muitas habitações disponíveis, sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa. No arrendamento, Frias Marques destaca a dificuldade em conseguir um bom inquilino, tendo em conta as exigências de garantias que estão a ser feitas.
O presidente da ANP lembra que, em média, o valor das rendas habitacionais baixou 25% desde 2008, enquanto no segmento não habitacional as quedas no valor das rendas foram superiores a 50%.
O impacto da nova Lei do Arrendamento na esperada subida das rendas foi, afinal, limitado, afirma Frias Marques. Depois da atualização, a renda média mensal no Porto situa-se nos 110 euros e em Lisboa nos 133 euros.
O Balcão Nacional do Arrendamento terá permitido mitigar as questões ligadas ao incumprimento que, de acordo com Frias Marques, acontecem acima dos 400 euros.
Fonte: OJE
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