20 março 2014

A caminho da estabilidade no mercado imobiliário


Para os próximos meses as expectativas das empresas de mediação imobiliária são de alguma estabilidade e cada vez mais se afastam do pessimismo dos últimos anos. Este crescente optimismo deve-se em parte à resposta de um mercado mais dinâmico e de algumas perspectivas de crescimento da economia nacional, sobretudo no último semestre de 2013.

De acordo com o Catálogo Estudos de Mercado do I Trimestre de 2014, publicado pelo Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, e referindo o relatório de Inverno do Banco de Portugal, as projecções apontam para uma recuperação moderada da actividade no período 2014-2015. De acordo com as estimativas do relatório de Inverno do Banco de Portugal, o ano de 2013 traduziu-se negativamente em termos de crescimento económico, com um valor de -1,5%. Para 2014 prevê-se um crescimento a rondar os 0,8%, reflectindo a progressiva recuperação da procura interna e o crescimento das exportações. O consumo privado, em 2013 registou uma quebra estimada de 2,0%, para 2014 é igualmente expectável um ligeira melhoria (0,3%).

Depois da estabilização de 2014, o ano de 2015 será de crescimento

De acordo com o relatório, o investimento residencial deverá apresentar um perfil de recuperação, após uma contracção de 15,9% em 2013, em 2014 deverá apresentar uma estabilização e para 2015, um crescimento de 1,7%.

São boas notícias que incentivam o mercado. De facto, para o primeiro trimestre do ano, a expectativa é de algum optimismo face ao desenvolvimento do mercado e ao provável aumento captação de investimento internacional e nacional. Segundo o Inquérito Mensal de Conjuntura para os próximos meses a evolução de valores praticados, para a generalidade dos inquiridos, é, mais optimista, comparativamente com os primeiros meses de 2013.

De acordo com o inquérito, da totalidade dos inquiridos cerca de 58% actua entre quatro a seis segmentos de mercado, por outro lado 19,2% menciona que actua num único segmento.

Agregando a totalidade do ano de 2013, com maior nível de actuação por parte das empresas de mediação imobiliária, destacam-se com 99,8% o segmento “Residencial”, com 66,5% os “Terrenos Urbanos” e com 65,7% o “Comércio”. O segmento que na generalidade registou um menor nível de concentração das empresas de mediação foi a indústria (30,5%).

Relativamente às razões apontadas para os principais obstáculos ao desenvolvimento do mercado, destacaram-se os designadamente associados à esfera económica, mais especificamente, com 84% de observações a crescente restritividade na concessão de crédito à habitação, com 81,4% a diminuição do poder compra das famílias, com 79% a instabilidade no mercado de trabalho.

Fonte: Diário Imobiliário

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