O ano de 2014 deverá marcar o início da recuperação do mercado imobiliário português, invertendo o ciclo descendente que se tem vindo a fazer sentir quase de forma transversal a todos os segmentos desde 2009. Esta é uma das principais conclusões do estudo “Mercado Imobiliário Português 2013 – Perspectivas 2014”, divulgado pela JLL Portugal.
A evolução positiva da economia portuguesa associada à recuperação dos principais indicadores do mercado imobiliário, permitem antever um ano positivo para Portugal neste sector e em todos os seus segmentos. Durante 2013, esta retoma foi já visível em alguns mercados, nomeadamente na área de investimento e no comércio de rua.
“Iniciámos o ano de 2014 da mesma forma que fechámos 2013, ou seja com um ambiente de negócios muito mais positivo do que aquele que vivemos nos dois anos anteriores. Este optimismo é sólido, influenciado quer pela melhoria dos indicadores económicos e imobiliários na Europa quer dos nacionais, os quais começaram a inverter no segundo semestre de 2013 e abriram 2014 com a mesma tendência positiva”, revela Pedro Lancastre, director geral da JLL.
Para o responsável, as vendas a retalho estão a crescer, o desemprego a baixar, o PIB a subir e o turismo em Portugal também a subir, existindo ainda alguns sinais de que o financiamento bancário está a regressar, pelo menos para os activos prime. “A adicionar a tudo isto, já se nota o impacto que a reforma da lei do arrendamento urbano está a ter no mercado imobiliário, com a reabilitação urbana na ordem do dia. Sentimos na pele Portugal a mudar, no bom caminho e com o nosso imobiliário a contribuir de uma forma muito decisiva”, conclui.
Os escritórios são o principal ponto negativo do documento, que refere os níveis de absorção mais baixos de sempre (77.800 m²). Contudo, o relatório adianta que os últimos três meses verificaram “sinais de recuperação”. Estes números marcam “o fim de um ciclo descendente que se prolonga desde 2009”, segundo o relatório. O sector aponta para uma melhoria destes valores, numa altura em que se prevê que a economia melhore o que deverá levar a um alívio dos planos de contenção de custos e a uma “recuperação das estratégias imobiliárias”. O processo prevê-se lento: com um stock de 4,55 milhões de metros quadrados, o mercado tem limitado a entrada de nova oferta no mercado (34.600 m², em 2013), menos 43,7% do que a média dos últimos dez anos (61.500 m²).
Fonte: Diário Imobiliário
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