04 abril 2014

Reabilitação: Revitalização das aldeias com poucos casos de sucesso


Das quase três dezenas de programas promovidos desde meados dos anos 90 para revitalizar as aldeias portuguesas, restam apenas três dos quais se pode dizer serem um sucesso: as Aldeias Históricas, as Aldeias do Xisto e as Aldeias Vinhateiras. O balanço é do arquiteto Vítor Ribeiro, que esteve ligado ao Programa de Revitalização das Aldeias do Algarve, entre 2001 e 2008, e tem em curso um projeto de investigação nesta temática. 


Mesmo assim, e em jeito de alerta, o especialista considera que os resultados "podem estar a ser postos em causa pela atual política de fechar serviços públicos no interior". E garante que "sem a criação e manutenção de emprego não há programa de revitalização de aldeias que resista". 

Apesar de tudo, no caso das 27 Aldeias do Xisto, o balanço continua a ser claramente positivo. Assumindo como armas a tradição e um património cultural, edificado e natural resgatado ao abandono, o projeto cerziu interesses diversos de forma eficaz e abriu caminho no panorama turístico nacional, galgando sucessivas metas. 

Segundo dados fornecidos pela ADXTUR - Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, entidade gestora que agrega municípios, associações e agentes privados locais (e que esteve presente esta semana na Bolsa de Turismo de Lisboa) - entre 2008 e 2012, o número de alojamentos na categoria Turismo em Espaço Rural passou de 26 para 70 unidades (+ 169%). 

Já as unidades hoteleiras subiram de uma para sete, incluindo um aldeamento turístico de cinco estrelas e dois hotéis de quatro. No total, entre todos os associados da ADXTUR, foram disponibilizados cerca de 500 quartos. No mesmo período, as dormidas dispararam de 15 mil para cerca de 45 mil (dos quais 15% são estrangeiros). Para 2013, a previsão é de que se tenha atingido a fasquia das 50 mil dormidas.
Fonte: Expresso

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