Esta evolução deveu-se, por outro lado, ao retorno das rendas que foi "suficientemente robusto" para manter a valorização total em terreno positivo, embora tenha caído 0,2 pontos para os 5,6% em 2013, depois de três anos em que o retorno das rendas se estabilizou nos 5,8%.
Este desempenho reflete "o impacto negativo do aumento da desocupação" dos imóveis e a "pressão por parte dos inquilinos" para baixar o valor das rendas.
Por outro lado, ao desempenho da valorização de capital, apesar de ter sido negativo pelo sexto ano consecutivo em 2013 (-4,2%), foi ligeiramente menos severo do que em 2012 (-4,8%).
Numa análise por setores de mercado, o retalho foi o que registou melhor comportamento em 2013, com um retorno total de 1,6%, seguindo-se os escritórios e o industrial, que cresceram 1,1% e 0,7%, respetivamente.
No entanto, apesar das melhorias verificadas, os setores dos escritórios e industrial registaram o segundo valor mais baixo de retornos totais dos últimos 14 anos, desde que o índice é estimado, apenas atrás do ano de 2012.
António Gil Machado, vice-presidente do IPD Portugal e Brasil, afirmou hoje, em Lisboa, na apresentação do Índice Imobiliário Anual Português, que o mercado imobiliário português "mostrou grande resiliência" e conseguiu "um retorno total positivo, devido ao retorno robusto das rendas em 2013".
O responsável considerou que esta "recuperação modesta" do mercado imobiliário português em 2013, por comparação ao ano anterior, foi apoiada pela "melhoria das condições económicas" do país, esperando que a tendência de aumento do consumo continue em 2014.
O Índice Imobiliário Anual Português, calculado pelo IDP, analista do mercado imobiliário com presença em mais de 30 países, foi estimado com base numa amostra de 969 imóveis, avaliados em 7,9 mil milhões de euros no final de 2013.
Fonte: OJE
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