17 maio 2014

A construção está a dar a volta? Sim, diz o presidente da AICCOPN


"É tempo de encarar o futuro com confiança", diz Reis Campos, atento ao pacote de seis mil milhões de euros previstas no Plano Estratégico dos Transportes.

À frente da Associação dos industriais da Construção Civil e Obras Públicas do Norte desde 2005 e reeleito quinta-feira para mais um mandato de três anos, Reis Campos acredita que o sector está a conseguir "superar os anos críticos" e pode "encarar o futuro com confiança".

São palavras bem mais otimistas dos que as proferidas em 2011, quando o empresário assumiu o anterior mandato alertando para "o momento particularmente crítico que o país e a construção, em especial, enfrentavam".

No triénio 2001-2013, desapareceram mais de 30 mil empresas e foram destruídos quase 225 mil postos de trabalho. A própria AICCOPN tem hoje 6200 associados, menos 25% do que o recorde atingido no passado.

No entanto, este tempo "é de oportunidades", como as que podem ser criadas pelo Plano Estratégico dos Transportes, com um pacote de investimentos estruturantes de seis mil milhões de euros, o imobiliário, "por via do turismo residencial e de incentivos concretos como os vistos gold e o regime de tributação de não-residentes habituais" ou a reabilitação urbana, diz.

Vendas no exterior crescem em média 30% ao ano

A associação, representante de uma fileira com 625 mil trabalhadores que é o maior empregador privado nacional e que assegura quase 1/5 do PIB português, sabe que muitas empresas seguiram o rumo da internacionalização para sobreviver e crescer. Mas esse "é já um caminho natural", defende Reis Campos, sublinhando que na última década o crescimento médio anual do volume de negócios das construtoras lusas no exterior foi de 30%.

Na Conferência Portugal em Exame, realizada esta semana no Porto, António Mota, presidente da Mota Engil, a maior construtora portuguesa, adotou um tom menos otimista para falar do futuro do sector: "Estamos numa crise profundíssima em Portugal e ainda vai haver um conjunto de movimentos negativos a nível interno", alertou.

Fonte: Expresso

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