Reabilitar edifícios no centro de Lisboa com o objetivo de abrir, até ao final de 2015, hotéis das marcas Meliá e Tryp, é a meta do grupo Hoti.
O grupo Hoti, detentor da gestão e dos hotéis das marcas espanholas Meliá e Tryp, está em negociações para adquirir edifícios para reabilitação no centro de Lisboa, com vista a abrir dois novos hotéis até ao final de 2015.
Uma destas unidades será um hotel de cinco estrelas com 150 quartos da marca Meliá, e a outra será um Tryp com 90 quartos, projetos que irão totalizar investimentos de 37 milhões de euros.
O grupo Hoti está a obter resultados acima das expetativas com o novo hotel Tryp Aeroporto, que abriu a 31 de dezembro a uma distância a pé para apanhar voos na Portela. O hotel junto ao aeroporto consegue muitas vezes ocupações acima dos 100%, graças à venda de dormidas em 'day use', tirando partido do volume de pessoas em trânsito para apanhar voos de longo curso a diferentes horas no aeroporto de Lisboa.
Foi uma surpresa até para o grupo Hoti, proprietário do hotel Tryp Aeroporto, que abriu no final de dezembro a uma distância a pé para apanhar voos na Portela. Em cinco meses de operação o hotel já atingiu resultados recorde, com a ocupação em muitos dias a disparar acima dos 100%, graças às duas modalidades de venda de dormidas, à noite e de dia. "Temos aqui uma ocupação original, com pessoas em trânsito no aeroporto que vão e chegam de voos de longo curso e precisam de dormir durante o dia", refere Manuel Proença, presidente do grupo Hoti. "Não tínhamos noção da dimensão do negócio que este mercado representa, e no aeroporto de Lisboa começa a ter muita expressão. Havia a necessidade de dar este serviço de apoio aos viajantes".
O hotel está a praticar preços de €70 em day use (e €90 nas dormidas regulares em quarto individual), uma modalidade que é largamente utilizada não só por tripulações de companhias aéreas mas também por passageiros que chegam de madrugada de voos de longo curso e precisam de apanhar outro avião à noite (situação particularmente notória nas rotas da Madeira), ou mesmo "residentes de vários pontos do pais que têm de partir de manhã cedo e não querem correr o risco de perder o avião", como adianta Manuel Proença. "Isto foi uma surpresa para nós, pelo volume e os diferentes segmentos que atinge. Este hotel é mesmo um best seller".
Para o grupo Hoti, de "capital 100% português", detentor dos hotéis e da gestão das marcas espanholas Tryp e Meliá em Portugal, além de ser proprietário de várias outras unidades de marca própria, "2013 foi excecional, um ano de ouro mesmo, em que abrimos dois novos hotéis", salienta Manuel Proença. A par do Tryp Aeroporto, o grupo abriu o Hotel da Música no Porto (projetos que envolveram investimentos de €25,5 milhões) e iniciou a construção de um hotel em Maputo, que terá a marca MozaStar e deverá estar concluído no final deste ano.
Reabilitar edifícios para abrir um Meliá e outro Tryp em Lisboa
Os próximos projetos do Hoti passam por abrir dois novos hotéis no centro de Lisboa, que irão envolver investimentos de €37 milhões. O presidente do grupo hoteleiro adianta estar em negociações com três sociedades proprietárias, tendo em conta que "a nossa prioridade aqui são edifícios para reabilitação". O destaque vai para o hotel de cinco estrelas com a marca Meliá, que terá 150 quartos. "Este hotel vai ser de grande impacto para a cidade de Lisboa, e será uma flagship da própria cadeia Meliá", promete Manuel Proença.
A par do novo Meliá, abrir em Lisboa outro hotel da marca Tryp, com 90 quartos, é também objetivo do grupo Hoti, que prevê ter estas unidades prontas a inaugurar até ao final de 2015.
Contra o "turismo em camarata"
"Pode-se questionar: não são já hotéis a mais?", enfatiza Manuel Proença, reconhecendo que "existe de facto uma explosão e uma euforia à volta do turismo e dos hotéis, sobretudo em Lisboa e no Porto, as cidades que estão na moda. Além dos que abriram, há mais de doze hotéis em construção em Lisboa e outros tantos no Porto".
Mas para o presidente do grupo Hoti, "a maior preocupação não são tanto os hotéis que abrem, mas o fenómeno do alojamento local e paralelo, que está em roda livre". Considera de "liberalismo excessivo" a nova lei de alojamento local, já concluída pelo Governo e que deverá em breve entrar em vigor, segundo a qual apartamentos e casas particulares apenas devem fazer um registo prévio à câmara para poderem receber turistas.
"No mínimo, devia haver autorização da administração do condomínio", sustenta Manuel Proença. "Isto contribuirá para baixar ainda mais os preços, tal como vender vinhos a granel. É abrir a porta a turismo barato, quando devíamos criar mais valor". "Estamos a atrair investimentos que são autênticas camaratas. Do ponto de vista estratégico, considero uma política errada vulgarizar desta maneira o nosso turismo", conclui.
Negociar hoteis em Lisboa e Algarve com fundos financeiros
O grupo Hoti está a negociar com fundos financeiros a possibilidade de gerir alguns ativos hoteleiros que estão nos seus portefólios, tendo interesse em Lisboa e Algarve. "Mas tem sido muito difícil", reconhece Manuel Proença, presidente da Hoti. "Grande parte dos hotéis são hoje ativos da banca e foram parar aos fundos em resultado da crise", refere. "É preciso agora convencer os fundos das vantagens da sua entrega, para aquisição ou gestão, a cadeias.
Fonte: Expresso
Foi uma surpresa até para o grupo Hoti, proprietário do hotel Tryp Aeroporto, que abriu no final de dezembro a uma distância a pé para apanhar voos na Portela. Em cinco meses de operação o hotel já atingiu resultados recorde, com a ocupação em muitos dias a disparar acima dos 100%, graças às duas modalidades de venda de dormidas, à noite e de dia. "Temos aqui uma ocupação original, com pessoas em trânsito no aeroporto que vão e chegam de voos de longo curso e precisam de dormir durante o dia", refere Manuel Proença, presidente do grupo Hoti. "Não tínhamos noção da dimensão do negócio que este mercado representa, e no aeroporto de Lisboa começa a ter muita expressão. Havia a necessidade de dar este serviço de apoio aos viajantes".
O hotel está a praticar preços de €70 em day use (e €90 nas dormidas regulares em quarto individual), uma modalidade que é largamente utilizada não só por tripulações de companhias aéreas mas também por passageiros que chegam de madrugada de voos de longo curso e precisam de apanhar outro avião à noite (situação particularmente notória nas rotas da Madeira), ou mesmo "residentes de vários pontos do pais que têm de partir de manhã cedo e não querem correr o risco de perder o avião", como adianta Manuel Proença. "Isto foi uma surpresa para nós, pelo volume e os diferentes segmentos que atinge. Este hotel é mesmo um best seller".
Para o grupo Hoti, de "capital 100% português", detentor dos hotéis e da gestão das marcas espanholas Tryp e Meliá em Portugal, além de ser proprietário de várias outras unidades de marca própria, "2013 foi excecional, um ano de ouro mesmo, em que abrimos dois novos hotéis", salienta Manuel Proença. A par do Tryp Aeroporto, o grupo abriu o Hotel da Música no Porto (projetos que envolveram investimentos de €25,5 milhões) e iniciou a construção de um hotel em Maputo, que terá a marca MozaStar e deverá estar concluído no final deste ano.
Reabilitar edifícios para abrir um Meliá e outro Tryp em Lisboa
Os próximos projetos do Hoti passam por abrir dois novos hotéis no centro de Lisboa, que irão envolver investimentos de €37 milhões. O presidente do grupo hoteleiro adianta estar em negociações com três sociedades proprietárias, tendo em conta que "a nossa prioridade aqui são edifícios para reabilitação". O destaque vai para o hotel de cinco estrelas com a marca Meliá, que terá 150 quartos. "Este hotel vai ser de grande impacto para a cidade de Lisboa, e será uma flagship da própria cadeia Meliá", promete Manuel Proença.
A par do novo Meliá, abrir em Lisboa outro hotel da marca Tryp, com 90 quartos, é também objetivo do grupo Hoti, que prevê ter estas unidades prontas a inaugurar até ao final de 2015.
Contra o "turismo em camarata"
"Pode-se questionar: não são já hotéis a mais?", enfatiza Manuel Proença, reconhecendo que "existe de facto uma explosão e uma euforia à volta do turismo e dos hotéis, sobretudo em Lisboa e no Porto, as cidades que estão na moda. Além dos que abriram, há mais de doze hotéis em construção em Lisboa e outros tantos no Porto".
Mas para o presidente do grupo Hoti, "a maior preocupação não são tanto os hotéis que abrem, mas o fenómeno do alojamento local e paralelo, que está em roda livre". Considera de "liberalismo excessivo" a nova lei de alojamento local, já concluída pelo Governo e que deverá em breve entrar em vigor, segundo a qual apartamentos e casas particulares apenas devem fazer um registo prévio à câmara para poderem receber turistas.
"No mínimo, devia haver autorização da administração do condomínio", sustenta Manuel Proença. "Isto contribuirá para baixar ainda mais os preços, tal como vender vinhos a granel. É abrir a porta a turismo barato, quando devíamos criar mais valor". "Estamos a atrair investimentos que são autênticas camaratas. Do ponto de vista estratégico, considero uma política errada vulgarizar desta maneira o nosso turismo", conclui.
Negociar hoteis em Lisboa e Algarve com fundos financeiros
O grupo Hoti está a negociar com fundos financeiros a possibilidade de gerir alguns ativos hoteleiros que estão nos seus portefólios, tendo interesse em Lisboa e Algarve. "Mas tem sido muito difícil", reconhece Manuel Proença, presidente da Hoti. "Grande parte dos hotéis são hoje ativos da banca e foram parar aos fundos em resultado da crise", refere. "É preciso agora convencer os fundos das vantagens da sua entrega, para aquisição ou gestão, a cadeias.
Fonte: Expresso
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.