24 junho 2014

Investidores chineses na corrida ao projecto imobiliário da Lisnave


A Baía do Tejo, empresa que consolida na Parpública, tem um projecto urbanístico da Margueira já aprovado no Diário da República, com uma área edificável de 632 mil hectares.
Os terrenos da antiga Lisnave, em Almada, na margem Sul do Tejo, área metropolitana de Lisboa, estão a despertar um forte interesse por parte de investidores chineses. 

A empresa estatal Baía do Tejo, detida a 100% pela ‘holding' Parpública, fez as primeiras apresentações do projecto aos grupos empresariais imobiliários chineses em Xangai, no âmbito da visita presidencial à República Popular da China, iniciada a 10 de Maio, com um êxito quase imediato.

A Baía do Tejo ‘herdou', estes terrenos da sociedade Arco Ribeirinho Sul, extinta pelo Governo em 2012. Esta zona respeita à área de implantação dos antigos estaleiros navais da Lisnave, que entretanto se mudaram para a Mitrena, em Setúbal. Estamos a falar de 54 hectares e de um projecto de construção com uma área edificável bruta de 632 mil metros quadrados, o que o coloca como o maior projecto urbanístico da área metropolitana de Lisboa para o horizonte temporal nos próximos 15 a 20 anos. O projecto prevê a construção em habitação (aproveitando a vantagem de a distância fluvial ser de cerca de cinco minutos em relação ao centro da cidade de Lisboa, no Terreiro do Paço ou no Cais do Sodré), mas também nos segmentos de comércio e de serviços.

A primeira fase prevê a construção de uma marina, que poderia servir de apoio às outras infra-estruturas do género na margem Norte do Tejo. Numa segunda fase, poderá ser construído um terminal de cruzeiros, para potenciar esse tipo de turismo na área metropolitana de Lisboa.

"Depois da missão empresarial à China, que nos correu muito bem, temos agora um convite para regressar em Outubro a Pequim, que ainda estamos a analisar", revelou Jacinto Pereira, presidente do conselho de administração da Baía do Tejo. O convite foi efectuado pela China Investment Promotion Agency. O presidente do conselho de administração escusou-se a revelar os nomes dos grupos de empresários chineses interessados em investir no projecto urbanístico da Margueira.

Além dos investidores chineses, o projecto imobiliário da Margueira está a ser sinalizado por investidores institucionais da Rússia, onde a administração desta empresa pública já se deslocou a promover o empreendimento. Para os próximos tempo, a gestão da Baía do Tejo prevê outras iniciativas do género junto de investidores do Médio Oriente.

Além destes terrenos na Margueira, a Baía do Tejo gere outros três territórios vocacionados para parques empresariais: 537 hectares no Seixal, nas instalações da antiga Siderurgia Nacional, mais vocacionados para a indústria pesada; 287 hectares no Barreiro, terrenos da antiga CUF, mais direccionados para a indústria ligeira, comércio, serviços e logística; e 56 hectares no parque industrial químico de Estarreja; além dos referidos 54 hectares da Margueira.

"Os nossos territórios têm na sua génese o ADN industrial e logístico e estão preparados para receber todo o tipo de empresas e todo o tipo de indústrias, com a mais-valia de estarem a curtas distâncias de portos, vias férreas, auto-estradas e aeroporto", defende Jacinto Pereira.

Fonte: Diário Económico

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