FMI passa a monitorizar regularmente preços do mercado imobiliário em 52 países. O Fundo Monetário Internacional (FMI) lançou um índice para monitorizar as oscilações do preço do imobiliário em 52 países. Segundo o vice-director do Fundo, Min Zhu, "a era da negligência benigna da expansão imobiliária acabou", reforçando que os preços dos imóveis não têm sido, até agora, alvo de atenção suficiente.
Uma lacuna que era necessário suprir, dado o seu potencial para criar bolhas nos mercados e, consequentemente, crises financeiras, tal como aconteceu nos EUA em 2008, com a crise do ‘subprime'.
Segundo os dados já publicados pelo FMI, os preços do imobiliário em Portugal, corrigiram 3,3% no último trimestre de 2013 face a igual período do ano anterior. Trata-se do 42º pior registo entre os 52 países analisados. Os países europeus "periféricos" estão entre os piores registos do índice, com os preços das casas a caírem 7% na Grécia e 6,5% em Itália e também no Chipre. Ainda assim, foi na Índia que o valor do imobiliário mais corrigiu, com uma desvalorização de 9%.
Em contrapartida, os países asiáticos lideram as subidas nos preços das casas, que valorizaram mais de 10% nas Filipinas e em Hong Kong, e mais de 9% na China. A possibilidade de existir uma bolha no imobiliário chinês tem sido um tema recorrente, no último ano. O mercado imobiliário chinês é o principal destino das poupanças das famílias - dadas as taxas de juro marginais dos depósitos bancários - o que aliado à crescente concessão de crédito pelo sistema bancário paralelo ('shadow banking') originou um 'boom' do mercado imobiliário nos últimos anos. Existe atualmente um excesso de imóveis na China que já não encontram compradores, num momento em que todo o sistema bancário está em processo de desalavancagem devido a imposições do Governo chinês.
Nesta análise o FMI considera ainda os rácios que combinam o preço das casas com o rendimento das famílias (price-to-income) e com o valor das rendas (price-to-rent). Para ambos os rácios são apresentados o desvio atual face aos valores históricos. O preço das casas face ao rendimento das famílias portuguesas apresenta um desvio de 6,9% face à média histórica, enquanto face aos preços de arrendamento o desvio é de 14%, o quarto mais elevado entre os valores negativos. Ou seja, os preços do imobiliário, em Portugal continuam bastante abaixo da sua média histórica o que está, aliás, a servir de incentivo aos investidores internacionais à procura de 'yield' num contexto de baixas taxas de juro.
Fonte: Diário Económico
Segundo os dados já publicados pelo FMI, os preços do imobiliário em Portugal, corrigiram 3,3% no último trimestre de 2013 face a igual período do ano anterior. Trata-se do 42º pior registo entre os 52 países analisados. Os países europeus "periféricos" estão entre os piores registos do índice, com os preços das casas a caírem 7% na Grécia e 6,5% em Itália e também no Chipre. Ainda assim, foi na Índia que o valor do imobiliário mais corrigiu, com uma desvalorização de 9%.
Em contrapartida, os países asiáticos lideram as subidas nos preços das casas, que valorizaram mais de 10% nas Filipinas e em Hong Kong, e mais de 9% na China. A possibilidade de existir uma bolha no imobiliário chinês tem sido um tema recorrente, no último ano. O mercado imobiliário chinês é o principal destino das poupanças das famílias - dadas as taxas de juro marginais dos depósitos bancários - o que aliado à crescente concessão de crédito pelo sistema bancário paralelo ('shadow banking') originou um 'boom' do mercado imobiliário nos últimos anos. Existe atualmente um excesso de imóveis na China que já não encontram compradores, num momento em que todo o sistema bancário está em processo de desalavancagem devido a imposições do Governo chinês.
Nesta análise o FMI considera ainda os rácios que combinam o preço das casas com o rendimento das famílias (price-to-income) e com o valor das rendas (price-to-rent). Para ambos os rácios são apresentados o desvio atual face aos valores históricos. O preço das casas face ao rendimento das famílias portuguesas apresenta um desvio de 6,9% face à média histórica, enquanto face aos preços de arrendamento o desvio é de 14%, o quarto mais elevado entre os valores negativos. Ou seja, os preços do imobiliário, em Portugal continuam bastante abaixo da sua média histórica o que está, aliás, a servir de incentivo aos investidores internacionais à procura de 'yield' num contexto de baixas taxas de juro.
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