17 julho 2014

Selecta lança fundos imobiliários para investidores chineses



Fundo tem 30 milhões para aplicar na Europa e promete uma rentabilidade entre 6% a 7%. O Imoecading Fund, desenvolvido pela Selecta, é o primeiro fundo imobiliário português a ter como destinatários "investidores qualificados e privados com origem na China". O objectivo é potenciar o interesse asiático na Europa, explica José António de Mello, presidente da Selecta, empresa da família José de Mello, que numa primeira fase vai procurar investimentos em escritórios e comércio no mercado português e espanhol.


Com um capital inicial de 30 milhões de euros, o fundo está já "parcialmente" tomado pela Ecadint, empresa com origem em Hong Kong, e José António de Mello acredita que será possível levantar o que falta para o investimento no ‘roadshow' que a Selecta realiza dentro de uma semana em Xangai, onde estão marcadas reuniões com cerca de 100 investidores. A Selecta quer tirar partido da capacidade de investimento daquele mercado asiático, bem como das oportunidades criadas pela existência dos Vistos Gold.

"As oportunidades para quem tem acesso a capital existem em Portugal no imobiliário, apesar da crise ainda não ter passado totalmente e os investidores preferirem sempre gestores especializados no mercado e com ‘know how'", defende o presidente da Selecta, empresa da família José de Mello.

José António de Mello explica que o Imoecading vai procurar "acima de tudo [procuram] investimento de ‘yield', investimento de renda com potencial de ‘upside'", onde inclui escritórios, espaços comerciais, se excluir activos na área do turismo ou que estejam neste momento nas mãos dos bancos. "A vocação dos bancos não é gerir activos imobiliários, mas sim os depósitos dos clientes e Selecta acredita que as sociedades gestoras de fundos estão bem posicionadas para gerir parte dos activos imobiliários que têm que ser transformados em ‘cash flow' a prazo", afirma.

O objectivo da Selecta é, e de acordo com "as conversas com potenciais investidores", dotar o fundo de 50 milhões de euros de capital no médio prazo, chegando aos 150 milhões no longo prazo. O Imoecading tem uma duração expectável de seis anos, mas José António de Mello admite que o mesmo poderá ser prolongado. "Esperamos uma rentabilidade entre 6 e 7% o que não nos parece impossível dado os activos que temos identificados e o potencial que acreditamos existir em Portugal e Espanha", diz o mesmo responsável.

O fundo está a ser desenvolvido com a participação do Banco Popular, que funciona como banco depositário, e a Deloitte como auditora, contando igualmente com a colaboração da CBRE, Cushman e JLL na pesquisa e avaliação de imóveis.

Fonte: Económico

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