16 setembro 2014

Comércio de rua ganha às grandes superfícies em arrendamento


O comércio de rua tem estado a ganhar terreno às grandes superfícies em termos dos valores de mercado de arrendamento, segundo informação da Consultora Worx relativa aos primeiros seis meses de 2014.
Na informação divulgada, a consultora imobiliária indicou que nos “últimos anos tem-se assistido a uma correção da oferta dos centros comerciais, estando agora mais adaptada à realidade atual”.

Com a crise e o seu impacto negativo no consumo “assiste-se a um crescimento moderado, em especial no comércio de rua, que tem vindo a ganhar terreno face às grandes superfícies”.

Nos centros comerciais (lojas de média dimensão) a renda mensal, em euros por metro quadrado, varia entre dez e 70 euros, com os valores mais altos a serem encontrados na Grande Lisboa, enquanto em ‘retail parques’ o valor oscila entre cinco e dez euros.

No comércio de rua, a tabela regista valores entre 10 e 95 euros por metro quadrado, por mês, com a zona da Avenida da Liberdade/Chiado (Lisboa) a liderar com valores de mercado entre os 50 e os 90 euros, enquanto no Porto a zona mais cara é Santa Catarina (17,5 a 35 euros).

Segundo a consultora, o comércio de rua está com uma atratividade crescente, especialmente nas zonas mais caras de Lisboa, que “continuam a atrair marcas de luxo”, havendo estabilização dos valores de arrendamento nas superfícies comerciais e manutenção ou mesmo ligeira subida das rendas do comércio de rua em zonas prime.

“Desenvolvimento de alguns projetos que se encontravam em standby (suspensos) e aposta na reconversão e reabilitação de superfícies comerciais existentes”, foi outra das tendências notadas pela Worx, que acrescentou que o mercado industrial e logístico tem sido um dos mercados mais afetados pela retração, com a oferta “bastante desajustada em relação à procura”.
Fonte: OJE/LUSA

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