03 setembro 2014

Decisões e Soluções vai vender imóveis do Millennium bcp


A empresa de consultoria financeira e imobiliária é a mais recente parceira do Banco para a comercialização de imóveis, sendo responsável pela dinamização comercial de uma carteira avaliada em cerca de €22 milhões.

No total, a Decisões e Soluções está encarregue da comercialização de um conjunto de mais de 160 imóveis em todo o país, integrando quer habitação quer unidades não residenciais (como escritórios, lojas ou instalações industriais), com valores de comercialização que vão desde 2.000 euros a mais de 1,5 milhões de euros.

De acordo com Luís Tavares, Diretor Coordenador Nacional da Decisões e Soluções, os imóveis confiados em comercialização têm um valor global de cerca de 22 milhões de euros, sendo objetivo da empresa que “todos sejam vendidos no mais curto espaço de tempo”. E embora admita que “não será fácil vender todos os imóveis até final do ano”, o responsável explica que a empresa trabalhará para “vender cada um deles no imediato”.


A estratégia principal de vendas para “a venda rápida” destes imóveis passa por uma abordagem diferenciada e que Luís Tavares classifica de “proactiva”, até considerando que “estes são, na sua maioria, imóveis bastante distintos dos imóveis mais transacionados pela mediação imobiliária normal”. Conforme explica José Araújo, da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp, a carteira tem um maior peso no segmento não residencial, o que exige “obrigatoriamente uma forma também muito distinta a nível de promoção”, acrescenta, por seu turno, Luís Tavares. Para o Diretor Coordenador Nacional da Decisões e Soluções, “estes imóveis têm de ser apresentados proativamente a potenciais compradores muito bem selecionados previamente”. Para tal, a empresa está já nas diferentes zonas do país a “identificar claramente para que fim cada um dos imóveis (não habitacionais) é mais indicado, percebendo as mais valias que lhe estão associadas, como a localização, características próprias,

financiamento atrativo, entre outros”, diz Luís Tavares, explicando que, identificará, assim, “potenciais empresários ou empresas que teriam uma grande probabilidade de terem interesse em ter instalações nessa zona”. Isto em paralelo às normais diligências da mediação imobiliária, incluindo a prospeção local. Na área residencial, o foco é também ir mais além da mediação tradicional. “Sendo uma empresa de consultoria imobiliária e financeira, o leque de clientes a que fazemos chegar estes imóveis de oportunidade, por via do aconselhamento na área imobiliária e financeira, é muito mais abrangente que apenas os clientes que procuram imobiliárias para adquirir um imóvel”, remata Luís Tavares. Esta abordagem da empresa tem levado a que, na prática, “todos os meses vendamos imóveis a clientes que não andavam à procura de comprar um imóvel”.

Com esta estratégia em marcha e considerando também a “capacidade de trabalho e profissionalismo da estrutura e equipa” de ambos os parceiros, Luís Tavares tem “as melhores expectativas” em relação a esta parceria, em linha com a visão do Banco. “Vemos muita vontade e ambição, pelo que contamos que os resultados sejam condizentes”, diz José Araújo.

Nas habituais premissas que norteiam as suas parceiras – i.e. “uniformização de processos, enfoco, controlo e especialização”-, o Banco “continua a apostar na procura de parceiros credíveis para a venda imóveis”, diz aquele responsável.

Maior confiança e financiamento dinamizam mercado

Para Luís Tavares, da Decisões e Soluções, o setor imobiliário tem tido uma “evolução positiva este ano”, o que a nível do mercado interno se deve, sobretudo, ao aumento de confiança dos portugueses, mas também a uma maior abertura no financiamento. Na sua perspetiva, “a expectativa dos portugueses em relação à sua situação no futuro” melhorou, “levando muitas pessoas que estavam a adiar a decisão há alguns anos, a decidir avançar para a compra de habitação”. Por outro lado, “as melhores perspetivas económicas e os esforços relativamente bem sucedidos na consolidação das contas nacionais”, levaram a que “várias instituições Bancárias voltassem este ano a apostar em conceder crédito à habitação” refere. O profissional considera ainda que continuaram a surgir “fenómenos interessantes de colocação no mercado de imóveis da Banca, com boas condições de financiamento”.

Já a nível da procura externa, os Vistos Gold “têm movimentado muitas centenas de milhões de euros em compra de imóveis em Portugal”, diz Luís Tavares, que destaca ainda “uma movimentação muito significativa de cidadãos europeus, especialmente franceses e ingleses, a aproveitar as vantagens fiscais que Portugal está a oferecer aos que morarem mais de 6 meses por ano no nosso país, pelo, que com o poder de compra que têm, estão a causar um impacto muito positivo no mercado”. Na própria Decisões e Soluções, esse impacto das compras pelos estrangeiros tem sido sentido, com “os negócios que envolvem os Vistos Gold e cidadãos estrangeiros a investir em Portugal a representarem em 2014 cerca de 20% do volume de negócios nas vendas de imóveis”, um volume de negócios que cresceu globalmente 280% no 1º semestre deste ano face ao mesmo período do ano passado.

Millennium bcp espera crescer nas vendas em 2014

De acordo com José Araújo, o Banco espera aumentar as vendas imóveis em 2014 face a 2013, diminuindo a sua carteira global de imóveis e, assim, prosseguindo a redução de exposição neste tipo de ativos. Para tal, “continuaremos a alinear os imóveis de forma consistente e de acordo com as metas definidas”. Para estas expectativas, José Araújo, espera também que “a situação económica do segmento empresarial do país consolide a recuperação”, impulsionando, a alineação de “mais ativos imobiliários não residenciais”. 
Fonte: Público

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