Parque das Nações é a mais cara, Baixa-Chiado a mais desocupada, Avenidas Novas a área com maiores rendimentos. Conheça o retrato da população da capital portuguesa, traçado pelo estudo da Cushman & Wakefield.
O Parque das Nações é o local mais caro para viver em Lisboa. Nesta área, cada metro quadrado tem o custo médio de 3.625 euros. Em contraponto, as zonas periféricas – Alto do Pina, Marvila, Beato ou Olivais – são as mais baratas: 2.370 euros por metro quadrado.
A conclusão é do recente estudo da imobiliária Cushman & Wakefield, que analisa o mercado residencial na cidade de Lisboa. "O produto residencial existente no Parque das Nações tem como público-alvo famílias de classe média-alta, que valorizam uma construção de qualidade e moderna", diz a pesquisa.
A segunda área com preços mais elevados engloba os bairros da Lapa, Estrela e Santos. Aqui, o metro quadrado custa 3.562 euros.
A maior concentração de população (27,5%), os maiores agregados e o perfil etário mais jovem registam-se na zona que integra bairros como Benfica, Campolide, Telheiras ou Lumiar.
Em contraponto, Baixa-Chiado e a zona da Estrela, Lapa e Santos são aquelas com menos população residente, distribuída por agregados familiares mais reduzidos. A população mais envelhecida reside nas zonas de Belém, Alcântara, Avenidas Novas e nos bairros tradicionais como Alfama, Sé, Castelo ou Graça.
Os residentes com rendimentos mais elevados tendem a concentrar-se nas Avenidas Novas (São Sebastião da Pedreira, Campo Grande, Alvalade), Lapa, Estrela e nos bairros de Benfica, Campolide e Telheiras. Já os rendimentos mais baixos registam-se na área suburbana e nos bairros tradicionais.
A Baixa-Chiado é a zona a registar a taxa de desocupação mais elevada, nos 11%. Já a área que compreende bairros como Alto do Pina, Beato, Marvila ou Olivais possui a menor taxa de desocupação, abaixo dos 4%.
Relativamente aos apartamentos, os valores médios praticados situam-se nos 3.240 €/m², com os valores mínimos a rondar os 1.560 €/m² e os máximos a aproximar-se dos 5.540 €/m².
Relativamente aos apartamentos, os valores médios praticados situam-se nos 3.240 €/m², com os valores mínimos a rondar os 1.560 €/m² e os máximos a aproximar-se dos 5.540 €/m².
A Cushman & Wakefield fala numa "recuperação do sector" que arrancou no ano passado. Face a 2012, a procura na área metropolitana de Lisboa cresceu 47% em 2013.
"Nos primeiros meses de 2014 esta evolução positiva deu já sinais de se manter, com um crescimento da procura no primeiro trimestre de 60% face ao período homólogo do ano anterior", acrescenta.
O impacto dos investidores estrangeiros no país não é esquecido, uma vez que mexem já com mais de 10% dos imóveis transacionados.
Os dados da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) revelam que no primeiro trimestre deste ano já foram 3.500 os estrangeiros a investir no imobiliário nacional.
Principais conclusões retiradas do estudo:
- Foram identificadas um total de 7 zonas em termos de produto residencial, formadas pelas 53 freguesias que formam a cidade (ainda de acordo com a nomenclatura antiga)
- Os valores mais elevados são praticados no Parque das Nações (englobado na Zona periféricas mas tratado de forma isolada) com valores médios de venda de €3.625/m2 e na Zona Tradicional, que engloba os Bairros da Lapa, Estrela e Santos com € 3.562/ m2
- Os valores mais baixos são praticados nas outras zonas históricas, com €2.450/m², e nas zonas periféricas, com 2.370 €/m².
- A zona com maior concentração de população e perfil etário mais jovem é a Zona 4 – Novas zonas, que engloba bairros como Benfica, Campolide ou Telheiras.
- Enquanto à segmentação económica, os rendimentos mais elevados são auferidos em média pela população residente na Zona 4 – Novas zonas e na Zona 5 – Avenidas Novas.
- A taxa de desocupação mais elevada regista-se na Zona 1 - Baixa Chiado, nos 12%, tendo as zonas periféricas a menor taxa de desocupação, inferior a 4%.
- Os níveis de procura, de acordo com a plataforma SIR, registaram em 2013 um crescimento de 47% e no primeiro trimestre de 2014 subiram em 60%.
ZONAS DO MERCADO RESIDENCIAL DA CIDADE DE LISBOA
Os muitos bairros e freguesias que compõem a cidade de Lisboa foram agrupados num total de 7 zonas geográficas. A segmentaçãofoi feita tendo em conta critérios demográficos, económicos, imobiliários e geográficos. A cidade de Lisboa, à semelhança de muitas outras na Europa, caracteriza-se por um elevado grau de heterogeneidade. Por esta razão, a segmentação do produto residencial que se apresenta de seguida deve ser vista apenas como uma linha orientadora do mercado, uma vez que com muita frequência podem ser encontrados produtos com um grande interesse em zonas menos valorizadas, ou pelo contrário, ativos de qualidade reduzida nas zonas prime da cidade.
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