A cidade capital de Distrito registou no 2º trimestre uma subida de 2,7% no preço das casas, o nível mais elevado de valorização dos últimos dois anos. No imobiliário não residencial, os preços também já sobem a nível distrital.
Coimbra, capital de Distrito e uma das mais importantes cidades em Portugal, tem vindo a apresentar uma recuperação dos preços das casas para venda ao longo deste ano, com crescimentos homólogos quer no 1º quer no 2º trimestre, depois de um 2013 em que registou uma desvalorização progressiva dos preços. De acordo com os dados da Confidencial Imobiliário, o preço das casas nesta cidade aumentou 2,7% no 2º trimestre deste ano face ao mesmo período do ano passado, uma subida cujo nível é o mais elevado desde início de 2012.
Quem está no mercado confirma o que os dados indicam. “Existe no segmento habitacional claramente uma tendência de subida de preços”, começa por explicar ao Público Imobiliário, Nuno Quitério, Diretor da Remax White, agência que trabalha o mercado imobiliário no distrito de Coimbra, com incidência nos concelhos de Cantanhede, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Miranda do Corvo, Montemor-O-Velho, Penacova, Penela, Soure e Coimbra. Na sua opinião, esta subida “é justificada pelo aumento significativo da procura de casa para habitação própria” e no caso da Remax White esta dinâmica do mercado traduz-se já num aumento de 28% do número de transações no mercado habitacional face ao ano passado.
O profissional frisa que “esta tendência crescente” se sente desde início do ano, pelo que “pela análise dos resultados dos últimos anos” e por esta tendência, acredita que “o último trimestre do ano vai continuar a trazer resultados animadores”.
Também o Millennium bcp, que tem atualmente em curso, neste distrito, uma campanha de comercialização de imóveis com preços promocionais, tem boas expectativas em relação às vendas relacionadas com a procura habitacional, quer de imóveis já concluídos quer no que concerne a compra de terrenos para construção de moradias.
“Apesar de dispormos de uma oferta imobiliária muito eclética neste Distrito, podemos dizer que a principal oferta que temos traduz-se em habitação e terrenos para construção”, esclarece Nuno Marçal, responsável de Vendas – Grandes Imóveis Norte da Direção de Negócio Imobiliário do Banco. E “num Distrito cuja capital tem fortes tradições académicas”, é “exatamente nos casais jovens que temos sentido o aumento da procura de terrenos para construção”, diz ainda este responsável, explicando que se tratam de “jovens que habitam em apartamentos no centro da cidade, mas que têm procurado terrenos para construir as suas moradias nos limites próximos de Coimbra”. Também os construtores têm estado atentos e, de acordo com Nuno Marçal, “sentimos também neste Distrito, o retomar do interesse por pequenos construtores com capitais próprios na atividade de construção e promoção, comprando moradias inacabadas, concluindo as obras e comercializando, ou mesmo adquirindo, terrenos para construir de raiz”.
Para Nuno Quitério, cuja agência que dirige está também encarregue de comercializar imóveis abrangidos pela campanha, o impacto desta campanha nas vendas de imóveis não habitacionais é muito positiva” e no caso específico dos terrenos urbanos, as condições de financiamento para a compra e posterior construção são, na sua opinião, “a solução para quem procura construir a sua casa de sonho, numa altura em que não existem grandes alternativas”.
Nuno Marçal explica ao Público Imobiliário que esta campanha, denominada Mês das Oportunidades e que decorre em quatro zonas do país até 30 de novembro, engloba um conjunto de imóveis a preços promocionais, sendo que os compradores podem ainda beneficiar de um desconto adicional de 5% sobre esses preços se a escritura do imóvel integrado na campanha for realizada até 31 de dezembro. No Distrito de Coimbra, são cerca de 80 os imóveis compreendidos no “Mês das Oportunidades”, dos quais 25 de uso habitacional, incluindo moradias e apartamentos de tipologias T1 a T4 com valores médios de comercialização na ordem dos 66 mil euros. Na parte não residencial, “existe uma grande concentração de terrenos para construção”, acrescenta, avançando que estão também em campanha um armazém e 10 imóveis de comércio com valores médios de 48.000 euros.
Preços também já sobem no não residencial
Também nos setores de imóveis não residenciais, os preços já exibem sinais de recuperação no Distrito de Coimbra, estando mesmo a subir 2,7% nos escritórios e 2,2% nas lojas, revelam os dados da Confidencial Imobiliário referentes ao 2º trimestre do ano numa comparação com o mesmo período do ano passado. Nos armazéns, contudo, a evolução do preços ainda se mantém, de acordo com a mesma fonte, em terreno negativo, embora a descida homóloga de 3,4% sentida no 2º trimestre de 2014 seja já mais branda que a descida de 6,9% registada no trimestre anterior. Para Nuno Quitério, também o mercado imobiliário no segmento não habitacional tem vindo a recuperar face ao passado, considerando os concelhos em que a Remax White atua. O diretor desta agência diz notar, neste segmento, “uma estabilização dos preços nos concelhos limítrofes”, considerando mesmo que “podemos afirmar que começamos a sentir um aumento gradual, ainda que seja pouco significativo, neste mercado não habitacional”.
Fonte: Público
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