31 janeiro 2015

Hong Kong tem os escritórios mais caros do mundo


A Worx Real Estate Consultants acabou de divulgar os dados do estudo “Global Capital Markets” da sua associada internacional, Knight Frank. Neste estudo a Knight Frank analisou os valores da venda prime de escritórios em 32 cidades concluindo que Hong Kong é a cidade com o valor mais elevado. Lisboa ocupa o 31º lugar.


Os valores da venda prime de escritórios em Hong Kong ultrapassam os 62.000 €/m², seguindo-se no rancking Singapura com um valor de 25.143 €/m².

Ao todo foram analisadas 32 cidades, às quais juntaram os dados de Lisboa, Maputo e Luanda, de forma a perceber que área de escritórios “prime“ é possível comprar tendo como base cerca de 88 milhões de euros.

As três primeiras cidades encontram-se no continente asiático seguidas por Paris, Londres, Zurique e Nova Iorque. A primeira cidade da Europa do Sul é Milão (14º lugar), seguida de Madrid (21º lugar), Barcelona (30º lugar) e Lisboa (31º lugar) à frente de Kuala Lumpur e Bangkok.

Se com o mesmo valor em Hong Kong podemos comprar apenas pouco mais de 1.400 m², em Lisboa conseguimos comprar mais de 25.000 m², ou seja, cinco vezes mais área que em Zurique.

Em Luanda não se consegue chegar aos 10.000 m² sendo que nos últimos meses se tem assistido a uma queda significativa dos valores. Maputo fica ligeiramente à frente de Barcelona sendo possível adquirir pouco mais de 22.300 m².

Segundo Pedro Valente do departamento de Capital Markets da Worx, “para esta análise considerámos a zona prime (Avenida da Liberdade) tendo por base a renda prime e a prime yield registadas em 2014”. Neste âmbito, “assistimos no último ano, em Lisboa, a uma descida considerável das prime yields. É espectável que no início deste ano a tendência se mantenha, com uma contracção das yields que deverá atenuar-se até ao final do ano”.

No mesmo estudo, a Knight Frank prevê que em 2015 o volume de investimento cresça pelo menos 10% atingindo assim um volume global superior a 600 mil milhões de euros, sendo que o ano de 2014 terminou com um volume superior a 500 mil milhões de euros, mais 15% que em 2013. Para 2015 a Knight Frank prevê uma nova onda de investimento chinês através de empresas estatais e/ou privados, um investimento mais diversificado por parte de grandes fundos de pensões japoneses e aumentos das rendas devido à falta de oferta e à pressão crescente da procura.

Darren Yates, Head of Capital Markets Research da Knight Frank, esclarece que “a disponibilidade e valores de terrenos são fundamentalmente os problemas que levaram ao aumento das rendas, especialmente em cidades como Hong Kong e Singapura. Estas localizações têm imensos constrangimentos de oferta, altos níveis de densidade populacional e uma abundância de empresas internacionais de sucesso com capacidade para pagar rendas mais altas”.

O estudo da Knight Frank inclui ainda o resultado de uma sondagem realizada pelo Sumitomo Mitsui Trust Bank que revela que nos próximos anos se espera que mais de 70% dos maiores fundos de pensões japoneses entrem ou aumentem a sua exposição no mercado imobiliário.

Que área de escritórios prime consegue comprar com 100 milhões de dólares (88 milhões de euros) em 35 cidades globais?

As consultoras imobiliárias Knight Frank e Worx pegaram naquela quantia (100 milhões de dólares) para aferirem quantos metros quadrados (m2) de escritórios conseguiriam comprar em cada uma das 32 cidades mais caras do mundo.

Se em Hong Kong comprariam 1.427 m2, em Singapura, a segunda cidade da lista, já conseguiriam chegar aos 3.529 m2. Paris é a quarta cidade mais cara do mundo e a mais cara da Europa pois, com os mesmos 100 milhões de dólares, seria possível adquirir 3.995 m2 (em Londres 4.439).

Lisboa joga numa espécie de campeonato da III Divisão, pois com os 100 milhões de dólares é possível comprar 25.987 m2. Até Maputo fica à frente da capital portuguesa, pois com a mesma quantia de dinheiro só é possível adquirir 22.395 m2.


Fonte: Magazine Imobiliário e Expresso

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