O mercado de hotéis vai continuar a crescer em todo o mundo. Portugal não é exceção, mas são os chineses que estão a dar cartas no planeta neste sector. O trabalho é da consultora JLL. O volume global de transações de investimento imobiliário em hotéis pode atingir o nível máximo dos últimos oito anos ern 2015, fixando-se entre os 65 e os 68 milhão de milhões de dólares, refletindo um crescimento de 15% face aos resultados de 2014, avançam os especialistas da área de Hospitality da JLL.
Esta previsão baseia-se nos resultados divulgados no relatório "2015 Hotel Investment Outlook" da JLL, que analisa as tendências futuras e monitoriza os fatores chave que afetam o mercado de investimento em hotéis a nível global.
"O mercado dos hotéis continua a fortalecer-se e os investidores anseiam por obter as melhores oportunidades de negócio para hotéis de topo", diz Mark Wynne-Smith, Global CEO, Hotels & Hospitality. "Prevemos um crescimento na receita por quarto disponível (RevPAR) entre os 5 e os 8% este ano, o que é um bom indício para o setor pois mostra que há mais espaço para avançar". Existem diversos fatores impulsionadores para a atividade transacional de hotéis a nível global em 2015, incluindo os indicadores de procura fortes; o aumento da liquidez nos mercados de dívida; os níveis recorde de operações para ativos únicos; a maior atividade para aquisição de portfólios nos mercados secundários e o aumento do fluxo de capital internacional.
As previsões apontam para um crescimento de 24,7 milhão de milhões de dólares nos volumes transacionados na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) este ano e atividade no Continente Americano deverá mesmo liderar este movimento de expansão, podendo atingir os 34,5 milhão de milhões de investimento, ao passo que os números projetados para a região da Ásia Pacífico deverão rondar os 8,5 milhão de milhões de dólares em 2015. Espera-se que os fundos de capitais privados sediados nos EUA e os investidores do Médio Oriente permaneçam no top dos principais exportadores de capital internacional. Contudo, serão os chineses que irão liderar este grupo em termos de crescimento anual do capital investido.
O fluxo de saída de capital chinês registou um crescimento sem precedentes em 2014, tendo como força motriz uma economia chinesa em crescimento e a valorização cambial. A política do Ministério do Comércio Chinês atenuou as restrições aos investimentos estrangeiros de grande dimensão e, ao mesmo tempo, flexibilizou também os processos de aprovação de aquisições no exterior. Este ajustamento permite que os investidores chineses tenham maior acesso aos mercados chave globais como Londres, Paris, Nova Iorque, São Francisco e Sidney.
A JLL estima que o fluxo de capital oriundo da China possa representar uma fatia de 5 milhões de milhões de dólares no volume transacionado em 2015, quintuplicando o seu valor em relação a 2014. Isto coloca os investidores chineses no topo do ranking dos principais exportadores de capital.
Fonte: OJE
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