
Os créditos revistos em Março beneficiam de queda de encargos entre 0,4% e 4%. Quem revir a taxa de juro do empréstimo à habitação em Março vai sentir mais um alívio na prestação. A quebra nos encargos é transversal a todos os agregados, independentemente do indexante utilizado. Baixam entre 0,4%, para o caso dos empréstimos indexados à Euribor a três meses, e 4% para os créditos que têm como referência a Euribor a 12 meses, para fixarem novos mínimos históricos.
As famílias com créditos associados à Euribor a 12 meses sentem o maior alívio, com o corte de 4% a reflectir-se numa redução em termos absolutos de 14 euros na prestação que se fixa nos 333,63 euros a partir do próximo mês. Isto tendo como base o cenário de um crédito de 100 mil euros com um prazo de 30 anos e um ‘spread' de 1%. No caso dos empréstimos associados à Euribor a seis meses, partindo do mesmo cenário, os encargos mensais reduzem-se em 2,3%, com a nova prestação a fixar-se em 327,55 euros. Ou seja, menos 7,68 euros do que há seis meses. Já as famílias com crédito indexado à Euribor são as que sentem a menor quebra de encargos. A partir de Março beneficiam de um corte de 1,43 euros (-0,4%), com a prestação a fixar-se em 323,94 euros durante os próximos três meses.
As prestações das casas estão no patamar mais baixo de sempre, acompanhando os consecutivos mínimos históricos das Euribor. Um movimento que se intensificou sobretudo desde que em Setembro do ano passado o Banco Central Europeu (BCE) colocou o juro de referência da zona euro no nível historicamente baixo de 0,05%.
A boa notícia para os portugueses com crédito à habitação é que os juros deverão manter-se em mínimos durante algum tempo. A evolução dos futuros sobre as taxas Euribor comprovam isso mesmo. Com base no comportamento dos contratos de Forward Rate Agreement (FRA), tudo indica que a Euribor a três meses continue a descer até daqui a um ano, altura em que deverá "roçar" um valor bem próximo de 0%: mais em concreto 0,005%. Só a partir dessa altura, o cenário aponta para uma inversão de tendência. Contudo, a subida deverá ser muito gradual e ligeira. Daqui a três anos, em Março de 2018, os contratos de FRA colocam o indexante ainda nos 0,235%. Claro que o futuro comportamento dos juros também irá depender muito da evolução de políticas do BCE e da recuperação económica do espaço do euro.
Fonte: Económico
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