As taxas de rentabilidade nos imóveis do centro histórico de Lisboa duplicam em comparação com o resto da cidade. As taxas de rentabilidade conseguidas no arrendamento de curta duração para turistas no centro histórico de Lisboa são as mais altas do mercado e estão a provocar um autêntico frenesim junto dos investidores, sejam estes nacionais ou estrangeiros (com os chineses e os franceses na primeira linha).
A procura nesta zona é transversal a todo o tipo de imóveis, sejam apartamentos adaptados a alojamento turístico ou prédios ainda para reabilitar e reconverter também para fins turísticos. Assim, enquanto a Baixa oferece taxas de rentabilidade na ordem dos 5%, em locais como o Parque das Nações, por exemplo, estas não chegam aos 3%.
A aposta no centro histórico tem relação direta com o momento que Lisboa vive em termos de captacão de turistas, uma tendência em alta que estes investidores acreditam vir a crescer nos próximos anos.
"Inicialmente, os chineses, os brasileiros e investidores de outras nacionalidades apostaram muito em imobiliário de rendimento no Parque das Nações. E mais de 60% dos imóveis comprados nesta zona entraram no mercado de arrendamento.O que acontece que neste momento o arrendamento na Expo ficou com muita oferta, que não corresponde à capacidade de absorção do mercado ate porque aqui estamos a falar de rendas altas", explica Nuno Silva, diretor da Century 21 Liberdade, agência que abriu portas esta semana, na principal avenida da capital para potenciar precisamente os negócios nos bairros históricos.
É que nesta zona de Lisboa, e ao contrário do que acontece no resto da cidade, "todos os fogos adquiridos pelos investidores são rapidamente absorvidos através de contratos com empresas que exploram o mercado turístico e que lhes pagam uma yield (taxa de rendimento) fixa". E enquanto nas rendas anuais em zonas como o Parque das Nações ou outras a taxa de rentabilidade ronda os 2 a 3%, no centro histórico essas taxas "praticamente duplicam", sublinha o diretor da Century 21 Liberdadc.
Chineses, brasileiros e portugueses com poder de compra estão atentos a estas movimentações e a investir ativamente. Aqui, o metro quadrado de um imóvel reabilitado varia entre €4.000 e €5.000, mas dependendo dos acabamentos de luxo pode chegar ate aos €8.000. Segundo Nuno Silva, o mercado está a absorver tão bem o produto que vai sendo colocado, que neste momento estão a ser feitas propostas até para imóveis que não estão à venda. "Quem já é conhecedor do mercado, com projetos na zona, está a localizar proprietários que nem tinham intenção de vender".
Fonte: Expresso
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