Os fundos de investimento imobiliário portugueses devolveram um retorno anual de -2,3% em Dezembro. Nos últimos meses do ano passado a quebra tinha sido menor. Tal como no restante sector imobiliário, os fundos de investimento também sofreram com a desestabilização financeira do país e sobretudo com a quebra nas transações e construções.
Depois de um período em alta, o ano de 2014 foi de queda nos fundos. Contudo, o valor global sob gestão de fundos imobiliários no último semestre manteve-se praticamente inalterado, registando-se apenas uma ligeira diminuição nesses meses.
De acordo com o Market Outlook de Fevereiro de 2015 do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, em Junho de 2014 o valor sob gestão era superior a 12,86 mil milhões de euros. Em Setembro tinha baixado para 12,75 mil milhões e em Novembro estava já nos 12,54 mil milhões de euros.
Segundo o Índice APFIPP/IPD de Fundos de Investimento Imobiliário Portugueses, as aplicações portugueses desta área devolveram um retorno total anual negativo, fixando-se a quebra em 2,3%, em Dezembro do ano passado.
No entanto, e apesar de continuar em terreno negativo, a performance dos fundos nacionais melhorou ligeiramente quando comparada com as rentabilidades anuais alcançadas em Dezembro de 2013 (-3%) e em Setembro de 2014 (-2.6%).
Fundos para arrendamento também a descer
Quanto ao arrendamento habitacional, o Market Outlook da APEMIP, indica que o valor global sob gestão de fundos de investimento imobiliário desse sector era de 1,7 mil milhões de euros em Junho, 1,84 mil milhões em Setembro e em Novembro fixou-se nos 1,58 mil milhões de euros.
Relativamente à finalidade dos imóveis detidos por fundos de investimento imobiliário, o segmento dos serviços é o que atrai mais investidores com 3.63 mil milhões de euros em Novembro, seguido da habitação com 2.07 mil milhões e do comércio com 2.02 mil milhões de euros.
Interfundos lidera sector
As maiores entidades gestoras de fundos de investimento imobiliário, de acordo com os dados recolhidos pela APEMIP, foram a Interfundos com 13,1%, a Funder com 11,5%, o Montepio Valor com 9,3%, a ESAF com 7,5%, a Norfin com 7,4%. As restantes entidades representavam 51,2%.
Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP / SOL
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.