07 março 2015

Mais pessoas procuram Gaia para morar


O concelho de Gaia está a registar uma maior procura para compra de habitação. A cidade está mais virada para o Rio e a Orla Costeira, o que tem vindo a aumentar a sua atratividade. Gaia tem vindo a capitalizar a sua posição geográfica para atrair mais habitantes e investimento, o que parece começar a dar frutos.


“A abertura da cidade para o Rio Douro e para o mar tem vindo a trazer um fluxo grande de turismo e de pessoas que se querem instalar na cidade”, começa por comentar Cruz Lança, Responsável de Vendas de Imóveis – Retalho Norte do Millennium bcp, Banco que tem trabalhado o mercado imobiliário do concelho de Gaia no âmbito da sua carteira de imóveis em venda. Na sua perspetiva, esta dinamização da zona Ribeirinha e da proximidade ao Douro tem tido também grande impacto no turismo. “Temos a destacar o turismo que acorre à zona ribeirinha de Gaia, onde se pode encontrar uma grande diversidade de restaurante e lojas que aproveitam a proximidade às caves do vinho do Porto. Grandes unidades hoteleiras abriram em Gaia e a exploração turística do Rio Douro teve grande desenvolvimento a partir do cais de Gaia, com o crescimento dos operadores de navios de cruzeiros fluviais”, refere Cruz Lança.


E além da atenção na zona Ribeirinha de Gaia, o município gaiense está também cada vez mais empenhado na valorização da Orla Costeira. Já este ano, uniu-se aos municípios de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e Gondomar com vista à captação e gestão de fundos comunitários para a valorização da orla costeira. E, na opinião do presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, “os verdadeiros grandes projetos fazem-se quando os municípios unem esforços, desenvolvem um trabalho em rede, envolvendo instituições diferenciadas”. 

Todo este movimento, aliado ao facto de se tratar de um concelho “com grande dinamismo no empreendedorismo, com vários polos industriais e grandes superfícies comerciais, “trouxe uma maior dinâmica para os setores do imobiliário, hoteleiro, de comércio e de serviços”, refere , por seu turno, Cruz Lança. 

Jorge Fonseca, Gerente da Retomas de Bancos by Fracção Exacta, sublinha que Gaia “tem tido uma procura crescente nos últimos anos para habitação” e além da atratividade própria do concelho, este profissional considera que tal se deve ao facto de “existir habitação com bastante qualidade a preços atrativos”, bem como “uma excelente rede de acessibilidades e transportes”. Jorge Fonseca sublinha mesmo que “se nota um forte aumento da procura para habitação” já este ano, o que, na sua opinião, deverá resultar numa “atualização dos valores de mercado”. Os dados da Confidencial Imobiliário confirmam já esse sentimento, com os preços médios da habitação a apresentarem ao longo de 2014 uma recuperação. No 1º trimestre desse ano, os preços das casas em Gaia apresentavam, de acordo com esta fonte, uma desvalorização de 2,1% enquanto que no 3º trimestre (últimos dados disponíveis), essa desvalorização se fixava em apenas 0,21%. Na opinião de Filipe Carvalho, gerente da mediadora Lugar com Sentido, os “preços dos imóveis vão continuar a subir nas zonas centrais da cidade de Gaia e a baixar nas zonas mais rurais” diz, acrescentando que “cada vez mais as pessoas pensam no acesso, serviços e proximidade com o local de trabalho”. Para este profissional, “o mercado imobiliário tem melhorado nestes últimos 3 anos”, o que se nota também na procura: “os clientes cada vez menos são apenas meros curiosos e são efetivamente clientes”, conclui.

Captar investimento e criar emprego é prioridade 

Além de habitantes, captar investimento e criar emprego é um dos desígnios do município gaiense, conforme reiterava o vice-presidente da autarquia, Patrocínio Azevedo, num encontro recente sobre imobiliário. Para tal, defende este autarca, é necessário apostar na “criação de sinergias com entidades privadas”. Além disso, a abertura de Gaia ao setor imobiliário passa também, entre outros eixos estratégicos, “pelo reaproveitamento de unidades fabris devolutas, melhoramento de acessibilidades e reabilitação urbana de espaços públicos”, defendeu na ocasião, salientando que Gaia “é um concelho com muito potencial e espetacular para investir”. No mesmo encontro, Daniel Couto, presidente do Conselho de Administração da empresa municipal Gaiurb, defendeu a reestruturação e reinvenção dos antigos parques empresariais e notou que “construímos um concelho fiel às suas origens, mas que aposta num futuro, na criatividade das pessoas que cá trabalham e vivem”. A reabilitação urbana está também no mapa da cidade e para Valentim Miranda, vereador da Câmara de Gaia para o Centro Histórico, “o desenvolvimento de processo de reabilitação urbana integrada é imprescindível”, mas são igualmente importantes as “intervenções pontuais, na reabilitação de edifícios de habitação ou de fogos, em que as mais diversas entidades particulares se empenhem”, comenta.

Fonte: Público Imobiliário

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