08 março 2015

Mercado em alta em todas as frentes


Dos centros comerciais às residências os números da J.L.L. apontam para uma recuperação. O novo espaço comercial do grupo Inter IKEA no Algarve (que inclui uma loja IKEA, um centro comercial com 45.000 m2 e um factory outlet) só vai estar terminado em 2017, mas já tem 60% do seu espaço comercializado.


O balanço feito por Pedro Lancastre, diretor-geral da J.L.L. (Jones Lang LaSalle), consultora que tem a seu cargo a comercialização deste retail park marca sueca, é revelador da dinâmica que se começa a sentir também neste segmento do mercado. O comércio de rua, recorde-se, foi a 'estrela' do retalho durante os anos complicados da recessão, mas agora os centros comerciais começam a registar bons níveis de procura. 


Na apresentação dos resultados da atividade da consultora em 2014, o retalho representou quase 41.000 m2 de área arrendada, um aumento de 49,3% face ao ano anterior. "Destes 41.000 m2, 13.000 m2 foram em comércio de rua e os restantes 27.600 m2 em centros comerciais", especificou o responsável, acrescentando que o departamento de retalho da J.L.L. teve também a seu cargo a comercialização do Alegro Setúbal, o único centro comercial que inaugurou no ano passado. 

O departamento de investimento foi, porém, aquele que mais contribuiu para o crescimento da J.L.L. em 2014. Durante o ano passado, a consultora participou cm 19 operações de investimento imobiliário no valor €345 milhões, incluindo a venda de um portefólio de imóveis de retalho e logística detido pela ESAF ou a transação dos imóveis da EDP no Marquês de Pombal a investidores estrangeiros. 

O interesse dos investidores estrangeiros pelo imobiliário português, não só o comercial, mas também pelo residencial, levou a J.L.L. a criar recentemente um departamento específico para este segmento. A aposta na Avenida da Liberdade é um bom exemplo do comportamento dos investidores que preferem canalizar o seu capital para reconverter edifícios devolutos para habitação em detrimento dos escritórios. Só nesta artéria estão em curso cinco projetos residenciais de luxo, com um valor por metro quadrado médio a rondar os €7.000. Já nos edifícios de escritórios desta zona prime, o preço do metro quadrado em comercialização é de cerca de €3.500, metade do residencial.

Fonte: Expresso

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