25 março 2015

Preços das casas sobem também no segmento de luxo


No início deste ano, os preços da habitação começaram a registar uma ligeira subida, e o mercado de luxo não foi exceção. É o que atesta Ignácio Fiter, diretor de expansão Ibérica da Engel & Völkers: «Efetivamente, os preços dos imóveis no nosso segmento estão a começar a ter um ligeiro aumento e estamos seguros de que continuarão a subir novamente, embora a um ritmo mais contido», ressalvando que «selecionamos as melhores propriedades do mercado e é por isso que, geralmente, os preços não diminuem», mas que «não é assim no resto do mercado imobiliário. Os nossos “testemunhos” confirmam que, em termos médios, os preços ainda não tocaram no fundo».


Em 2014, a Engel & Völkers Portugal atingiu um volume de negócios de 21,1 milhões de euros, um resultado «totalmente satisfatório», que o responsável considera que foi ao encontro das expetativas da empresa. Em 2015, o objetivo «conservador» passa por atingir a barreira dos 25 milhões de euros.

Para o responsável, muitos investidores interessam-se por Portugal e Espanha nomeadamente devido ao seu «clima invejável». Nota que «nos últimos anos, temos observado um aumento de investidores estrangeiros que, além de um lugar para desfrutarem dos seus períodos de lazer ou férias, procuram igualmente um país em ascensão onde possam investir e obter uma boa rentabilidade. Além disso, os preços dos imóveis são interessantes na Península Ibérica. E não são apenas clientes à procura de "golden visa", a estes junta-se uma grande quantidade de investidores nórdicos e ibero-americanos».

Neste sentido, as vendas da E&V têm vindo a crescer todos os anos, e um abrandamento da tomada de risco por parte de alguns investidores, aquela que promete ser uma tendência para este ano, não deverá ser sentida pela imobiliária: «decididamente, não. No nosso caso, o investidor tem plena confiança na E&V e sabe que o produto que comercializamos cumpre os mais altos requisitos de qualidade e sempre a preço de mercado». Até porque «durante os últimos anos, as nossas vendas têm crescido ano após ano, independentemente da evolução do mercado».

A E&V sente que procura interna, tanto de venda como de arrendamento de imóveis de luxo, está a «crescer a um ritmo paralelo ao crescimento da economia», diz o responsável. E o arrendamento é uma área promissora, nomeadamente os arrendamentos para férias, nos quais «a procura cresce devido ao encarecimento dos preços em Espanha, que desvia clientes para Portugal». Ignácio Fiter explica ainda que os arrendamentos para residência também estão a crescer, «sobretudo devido às dificuldades que atualmente ainda existem em Portugal na concessão de crédito».

O arrendamento premium também promete: «os arrendamentos de luxo também continuam a crescer. As zonas de maior crescimento de procura de arrendamentos são, principalmente, as de praia e as cidades mais clássicas como Lisboa e Porto».

Este ano, a E&V pretende abrir 6 novas lojas em Portugal, nomeadamente em Sintra, Porto, Foz, Aveiro e outras duas ainda por definir, uma seleção que se prende tendo em conta «as tendências do mercado e a procura por parte do público comprador».

Ignácio Fiter considera que o imobiliário está «prestes a começar a recuperar, de forma mais lenta, mas conforme a economia portuguesa vá melhorando com a venda de dívida pública, os bancos aumentarão a concessão de créditos e, portanto, a venda de propriedades imobiliárias começará a sua recuperação», o que se deverá ir sentindo nos negócios.

Fonte: Vida Imobiliária

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