08 abril 2015

Mercado de luxo dos EUA e Espanha são vistos como oportunidades para compras


O mercado imobiliário comercial aparece como uma das grandes oportunidades para gerar riqueza. O estudo “Wealth Report 2015” foi divulgado pela consultora imobiliária Worx, associada da Knight Frank, que analisa o mercado de luxo a nível mundial.
As cinco entidades de referência escolhidas para efetuar esta análise das tendências futuras foram. Shubhada Rao, presidente senior e economista chefe no Yes Bank; Chris Williamson, economista-chefe na Markit; John Veae, chefe de investimento na Stonehage Investment Partners; Deon de Klerk, diretor de clientes privados internacionais no Standard Bank; e Curt Richardson, empresário e fundador da Otter Box.

A nível das ameaças que se colocam na geração de riqueza é unânime que grande parte dos riscos se prendem com a evolução económica dos países emergentes e com a resolução, ou não, de alguns conflitos e tensões políticas existentes.

Se para a Índia, segundo Shubhada Rao, o problema poderá estar numa evolução díspar dos vários setores económicos, para Deon de Klerk o risco em África poderá ser o crescimento desigual dos vários países uma vez que alguma alteração na direção de países como na África do Sul, Nigéria, Angola ou Quénia poderá ser um risco para o crescimento económico daquele grande continente. Recorde-se que algumas das cidades africanas, caso de Luanda, apresentam níveis de yields bastante mais atrativas do que a generalidade das cidades europeias. Para os expatriados isso significa grandes rendas habitacionais e custos elevados em escritórios centrais.

Em relação aos países desenvolvidos o principal perigo para John Veale está nas tensões políticas existentes, como a situação da Rússia e da Ucrânia que poderá ter repercussões em toda a economia europeia. “Já no outro extremo, se o crescimento económico for superior ao antecipado e os bancos centrais estiverem errados em relação à pressão salarial na inflação podemos assistir a grandes aumentos nas yields” acrescenta o CIO da Stonehage Investment Partners.

Chris Williamson afirma que “este será certamente o ano para analisar a resposta dos mercados à retirada do estímulo de capital dos EUA.” Claro que a Europa se atrasou neste aspecto e está a passar pro níveis de juros historicamente baixos. No entanto, a apetência por imobiliário continua localizada nos grandes centros financeiros e há receio de “bolhas” especulativas.

A nível de oportunidades é de frisar que o investimento em tecnologia destaca-se entre os demais como uma excelente oportunidade. Para John Veale, ainda que seja complicado identificar oportunidades de investimento devido à incerteza do mercado, nos próximos 10 anos os avanços tecnológicos continuarão a permitir a propagação da educação e riqueza, continuando a alimentar a procura dos consumidores. Curt Richardson afirma que as grandes oportunidades para os avanços tecnológicos acontecerão nas tecnologias que utilizamos no dia-a-dia e acrescenta que “o mercado imobiliário, maioritariamente comercial, nos EUA é visto como uma oportunidade”. Chris Williamson acrescenta que além do mercado imobiliário norte-americano também Espanha poderá ser vista como uma boa oportunidade para investidores que procurem imóveis subvalorizados.

Fonte: OJE

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