22 abril 2015

Norte regista aumento de procura por imóveis mais caros


Concelhos como Valongo ou Gondomar, na região Norte, estão a registar uma maior procura por imóveis de valor mais elevado, comentam os mediadores que trabalham nestes mercados. Carla Correia, das agências ERA de Rio Tinto e de Gondomar, nota o mercado imobiliário destas duas cidades “muito mais dinâmico” neste primeiro trimestre do ano face ao mesmo período do ano passado, revelando que nas vendas realizadas nestes primeiros três meses de 2015 “aumentou muito a procura por imóveis mais caros”.


Em sintonia com esta análise está Germano Moura, Broker da Remax Plus, que atua nos concelhos de Valongo, Gondomar e Maia. Também na sua opinião, há “uma maior procura de imóveis de valor mais elevado”, sendo este um dos fatores na base do crescimento do mercado imobiliário e das vendas da agência, que subiram cerca de 80% no primeiro trimestre de 2015 face ao mesmo trimestre do ano passado. A par deste fator, o facto dos investidores procurarem “rentabilizar neste mercado o seu dinheiro, os imóveis da banca e alguns negócios na área de imóveis para comércio” têm, na sua opinião, também “sustentado este crescimento” da atividade. Quanto ao mercado, “tem vindo a melhorar progressivamente desde meados do último ano”, impulsionado ainda pela “maior confiança das pessoas na situação económica do país e pela maior vontade dos bancos em regressar a este segmento de negócio, com condições de crédito bastante melhores do que as registadas num passado recente”, comenta ainda Germano Moura. 


A perspetiva de quem detém imóveis na zona Norte também está em linha com aquela de quem é responsável pela comercialização. Para Nuno Marçal, responsável de Vendas – Grandes Imóveis Norte da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp, Banco que tem atualmente em curso uma campanha de vendas em diversos concelhos da região norte, este mercado está a evoluir positivamente quer nos segmentos não residenciais quer na habitação, na qual o segmento de valor mais elevado tem registado, também na sua opinião, uma maior procura. “Vemos o setor comercial a crescer, havendo claramente uma melhoria da procura nos segmentos de armazéns, mas também na habitação de elevado valor”, comenta em declarações. 

No segmento habitacional, Nuno Marçal frisa que o “o mercado está dinâmico, embalado pela retoma da economia e pela descida dos juros no crédito”, o que, na sua perspetiva, tem tido um “evidente reflexo no aumento da procura e alguma pressão no aumento dos preços”. Já nos segmentos não residenciais – como podem ser os casos do imobiliário comercial, de escritórios ou industrial -, no “Norte, no que se refere a grandes imóveis, sentimos o retomar de interesse por parte das empresas e empresários em nome individual em adquirir novos espaços e inclusive em investirem na aquisição para colocação no mercado de arrendamento”, diz. 

Quanto à evolução do mercado, Carla Correia espera que seja “positiva”, uma vez que “o crédito bancário se abriu e os spreads baixaram”, pelo que “temos tudo para aumentar muito as vendas”, considera. Na perspetiva de Germano Moura, na Remax Plus espera-se um 2º trimestre em linha com o que aconteceu no 1º, com a consolidação do “crescimento nos mesmos níveis”. “De momento, a carteira de negócios é favorável e tudo indica que possamos, inclusive, duplicar as vendas”. “Dependemos de fatores externos, importantes para o negócio e que podem alterar esta visão”, admite este profissional, mas “caso a situação do país se mantenha estável e imune aos problemas externos que nos podem afetar, creio ser possível alcançar estes números”, conclui. 

Boas perspetivas para as vendas 

Face a este cenário, Nuno Marçal mostra-se otimista quanto aos resultados obtidos pelo Banco nesta região em termos de vendas imobiliárias. “Os nossos resultados estão a acompanhar a tendência do aumento nas vendas e de melhoria nos valores de transação”, diz. No que se refere à campanha atualmente em curso nesta região – o Mês das Oportunidades -, “pensamos assim duplicar os resultados das vendas no segmento habitacional e aumentar consideravelmente os resultados nos outros ativos”. Na sua opinião, “o ainda maior enfoque da equipa comercial do Banco, bem como a melhoria da dinâmica das regiões onde está a decorrer a ação, deverá provocar um acelerar das vendas. Quanto à habitação, o mercado reage mais positivamente a este tipo de campanhas, com aumento significativo de contactos e pedidos de visitas a imóveis”, sublinha Nuno Marçal. 

Também Germano Moura, cuja agência é parceira do Banco nesta campanha, afirma ter “grandes expetativas”, já que nestas ações “os clientes podem usufruir de melhores preços e condições de financiamento. São fatores importantíssimos que podem influenciar a decisão de comprar”, defende, acrescentando que “é disto que as pessoas necessitam. É uma forma de despertar e animar este mercado”. Carla Correia, igualmente parceira da iniciativa, espera mesmo “vender todos os imóveis da minha zona” abrangidos pela campanha. 

No total da região Norte, estão em causa cerca de 100 imóveis detidos pelo Banco nos concelhos de Paredes, Gondomar, Valongo, Penafiel, Paredes de Coura, Braga e Bragança, numa carteira que tem um valor de campanha de 7,9 milhões de euros e em que a habitação tem um peso de 51% e os segmentos não residenciais de 49%. Esta é uma das quatro zonas abrangidas pela 2ª edição deste ano do Mês das Oportunidades, uma ação lançada pelo Banco há cerca de três anos com o objetivo de acelerar vendas imobiliárias. Durante o período em que a campanha está patente, os imóveis abrangidos apresentam “valores de oportunidade”, podendo os mesmos ainda beneficiar de descontos adicionais tendo em conta o prazo de formalização da compra. Neste caso, a campanha decorre até 31 de maio e se o imóvel adquirido durante a mesma for escriturado até 30 de junho, o comprador poderá usufruir de um desconto de 10% em caso de se tratar de um imóvel de uso não habitacional e de 5% em caso de ser habitação. 

Fonte: Público

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