Estrangeiros são quem mais compra, absorvendo 66% das vendas. Franceses no topo da lista. O mercado imobiliário de luxo em Portugal está bem e recomenda-se. A Portugal Sotheby's International Realty, consultora especializada no segmento de casas topo de gama, vendeu no ano passado 212 imóveis, uma média de quatro casas de luxo por semana.
Com uma carteira de imóveis com valores a variar entre os €500 mil e os €30 milhões, a empresa que integra a rede Sotheby's (onde se inclui também a exclusiva leiloeira), concretizou em 2014 um volume de negócios de €185 milhões, mais 48% do que o alcançado no ano anterior.
Gustavo Soares, diretor-geral da Sotheby's em Portugal, realçou na apresentação de resultados que decorreu na semana passada, que este foi o melhor ano de sempre da empresa desde que abriu portas no nosso país, em 2007.
Lembrando "que o luxo não é imune à crise, ao contrário do que se costuma dizer", o responsável realçou a importância da estabilidade e da confiança nos mercados para que os compradores reajam em conformidade.
Na carteira da Sotheby's os estrangeiros ganharam peso em 2014 e passaram a representar 66% das transações da empresa. Um acréscimo em relação ao ano anterior, uma vez que os clientes nacionais absorviam nessa altura 50% da faturação da empresa. Franceses, brasileiros e ingleses (estes últimos muito concentrados no Algarve) dominaram o número de vendas mas são os chineses, milionários do Médio Oriente e angolanos ("que entretanto regressaram ao mercado português em 2014") que desembolsaram as maiores quantias por casa.
Portugueses compram casas até €700 mil
Já os clientes portugueses da Sotheby's optam por casas com valores mais "modestos", entre os 500 e os €700 mil. "A partir destes valores, a compra é feita essencialmente por estrangeiros", diz Gustavo Soares.
"Os franceses gastam entre 700 a €800 mil na compra de habitação e os chinesps investem em média €1,5 milhões. Mas estes chineses não são os típicos vistos gold. São investidores que estão a comprar, sobretudo, prédios para reabilitar". Mas são os angolanos que lideram o valor gasto por aquisição: €1,8 milhões. Negócios envolvendo casas com valores muito acima destes intervalos são bem menos frequentes: "No ano passado fechámos quatro negócios acima dos cinco milhões. Os mais caros foram um palacete em Lisboa e uma casa contemporânea em Cascais". Alguns valores ultrapassaram mesmo os seis milhões de euros.
Feitas as contas, o valor médio situa-se nos €870 mil, um acréscimo de 9% em relação ao ano transato. "O segmento do luxo cresceu no ano passado e, em todo o mercado, foram vendidas cerca de 2.000 propriedades acima do meio milhão de euros. A nossa quota de mercado em relação a mercados específicos, nomeadamente nas zonas de Lisboa, Oeiras, Sintra e Loulé, é de 26,5%", realça o responsável da Sotheby's.
Com as vendas a subir e o volume de trabalho a aumentar, a empresa tem reforçado o seu quadro pessoal também de forma significativa. Há dois anos, eram 50 colaboradores, no ano passado 100 e até final de 2015 serão mais 80 pessoas. Com agências em Lisboa, Oeiras, Estoril, Cascais, Vilamoura e Carvoeiro, a empresa vai abrir até ao verão mais um escritório no Porto. "Até ao final do ano vai abrir mais uma loja na capital.
Fonte: Expresso
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.