30 abril 2015

Troca-de-Casa: nova vida para as segundas residências


Em França, crescentemente, os proprietários que permanecem ligados à sua casa de campo, ao seu condomínio à beira-mar ou ao seu chalé de montanha estão agora a procurar soluções inovadoras. Os custos da manutenção, a incerteza sobre o futuro e um desejo crescente de mobilidade estão entre os factores para esse desencanto na compra de 2.ª habitação.


Segundo recente edição do «Le Monde», com 3 milhões de segundas residências — quase 10% do parque habitacional —, os franceses mostram, cada vez mais, um certo desinteresse por este tipo de propriedade. De acordo com o Centro de Pesquisa para o Estudo e Observação das Condições de Vida, em 1990, a percentagem de franceses que respondiam afirmativamente à pergunta "Tem uma segunda casa?" era de 11%, mas passados 10 anos — em 2000 —, esse valor havia baixado para apenas 7%, com um decréscimo ainda mais acentuado na região de Paris, onde se encontra o maior número de pessoas proprietárias de 2.ª habitação.

Para António Baptista da www.trocacasa.com, uma das soluções está precisamente na “troca de casa”. Os 65.000 membros associados da rede a que se encontra ligada a sua empresa — refere — “já realizaram mais de centenas de milhares de trocas de sucesso em todo o mundo. E acrescenta: “No TrocaCasa.com, 21% das Ofertas globais são casas secundárias, contra 16% em 2013, incluindo quase 4% em Portugal e no Brasil”.

Segundo aquele gestor, a motivação económica vem em primeiro lugar, com a “oportunidade de permanecer gratuitamente em qualquer parte do mundo” e atenuar, ou mesmo cobrir, os custos de manutenção; seguindo-se-lhe o gosto pela interesse cultural. Além de que — argumenta — “os proprietários de segundas casas também são sensíveis às questões de segurança. Uma casa vazia é vulnerável e a melhor maneira de prevenir o roubo é estar ocupada”.

Trocacasa.com aconselha os proprietários de casas secundárias: “Aluguem a vossa casa durante a época alta para pagar as despesas, desfrutem dela com a família (44 noites por ano, em média) e o resto do tempo troquem-na. A casa secundária é um passaporte para permanecer em qualquer lugar do mundo sem gastar um centavo”.

Fonte: Diário Imobiliário

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