Siimgroup passou dos €29 milhões para os €108 milhões de volume de negócios graças à diversificação. Com um pé no campo, através de uma agência aberta no Ribatejo em 2014 para responder à crescente procura de herdades e de propriedades para agro-negócio, e outro bem no coração de Lisboa - a primeira Remax Collection, só para imóveis de luxo (inaugurada no Chiado em finais do ano passado) - o grupo de mediação imobiliária Siimgroup tem, ainda, uma lança no Brasil (um master franchising em Minas Gerais, recentemente reforçado) e alicerces sólidos em Lisboa, com três agências convencionais. Esta diversificação de operações, uma aposta concretizada nos últimos anos, esta a compensar, a julgar pelos resultados: dos €29 milhões de volume de negócios em 2012 a empresa passou para os €108 milhões em 2014.
Isabel Ravara (na foto), administradora do Siimgroup, aponta como objetivo para este ano e para 2016 a consolidação das duas vertentes mais recentes: compra e venda de propriedades rurais, por um lado, e imóveis de luxo, por outro. "Queremos dar passos largos nestes dois campos, tanto a nível de promoção dos imóveis, através de sites mais especializados, como na formação ministrada aos consultores [130 em todo o grupo]", indica. Neste último aspecto, aliás, a necessidade sentida no segmento do agro-negócio e das herdades é flagrante. "Praticamente não há consultores imobiliários que saibam avaliar uma herdade ou uma exploração agro-pecuária em função da rentabilidade que ela pode dar e que conheçam a fundo estas actividades que são inerentes ao próprio imóvel", constata Isabel Ravara, adiantando que esta lacuna está a ser sanada com a assessoria externa do Grupo Euroeste.
É através da Remax Countryside, a funcionar em Santo Estevão (Ribatejo), que o Siimgroup opera neste "mercado que não estava profissionalizado, mas é bastante interessante, pois existe, ainda, muita procura pela terra". Isabel Ravara refere-se a empresas, sobretudo de origem europeia, mas não só espanholas, que procuram a Countryside para aconselhamento na compra de terrenos para agricultura.
"Este mercado evoluiu muito e é uma atividade que se tornou altamente profissional e rentável em muitos casos. O investidor que aparece é para pôr a terra a produzir e tirar o máximo rendimento possível, muito na área do azeite, da vinha e, também, na área cinegética com projetos ligados à componente turística".
Separar as águas
A criação da agência "Collection" do Chiado (a primeira da rede Remax, segundo Isabel Ravara) partiu da necessidade de separar o mercado de luxo do mercado generalista. "Os clientes dos imóveis de luxo gostam de ver a promoção feita com imagem e destaque diferentes e, por seu lado, um cliente que procura um imóvel deste segmento deve ter um serviço diferenciado", explica a responsável pelo Siimgroup, satisfeita com os "ótimos resultados" desta aposta. Um balanço a que não será alheia a constatação, naquela zona, de "uma enorme dinâmica na compra para reconstrução e remodelação de imóveis antigos, por particulares ou por pequenos investidores que os colocam de novo no mercado".
Em 2014, o mercado dos imóveis de luxo representou 13% das transações no universo Siimgroup, equivalendo a 37% do volume de negócios.
Já a vertente dos vistos gold e do estatuto de Residentes Não Habituais - que levou o Siimgroup a criar, em 2013, a empresa Via Siim - representa cerca de 10% do volume de negócios total.
Isabel Ravara dá ainda conta que, no início, os "vistos dourados" eram procurados, essencialmente, por cidadãos chineses que chegavam pelos canais de imigração, mas "de momento aparecem também investidores da Ásia e, principalmente, do Próximo Oriente, de países corno Líbano, Síria, Dubai, Vietname...".
Fonte: Expresso
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.