A agência de notação norte-americana alertou para o facto de as instituições financeiras espanholas ainda terem um peso muito grande de imobiliário nos seus balanços. A Moody’s sublinha que desde 2008 o peso dos imóveis nos balanços bancários não parou de subir.
A recuperação evidenciada e a melhoria da qualidade dos activos conseguida pelos bancos espanhóis ao longo dos últimos anos não permitiu resolver o problema do peso do imobiliário na carteira daquelas instituições financeiras. É este o diagnóstico feito pela agência de notação norte-americana Moody’s aos bancos espanhóis, que mantêm um peso excessivo de imóveis nos seus balanços.
Segundo escreve o Expansión, apesar da recuperação do sistema financeiro espanhol, a fatia de imobiliário nos activos dos bancos não parou de crescer desde 2008, ano em que se alastrou a crise financeira internacional espoletada pela falência do Lehman Brothers.
Para a Moody’s o problema reside no facto de a recuperação do mercado imobiliário registada até ao momento não ser suficiente para que a procura consiga absorver o conjunto dos imóveis acumulados nas carteiras dos bancos.
O banco central espanhol avisava, na semana passada, que no último trimestre de 2014 o peso do imobiliário detido pelos bancos chegava já aos 83.409 milhões de euros. A autoridade monetária espanhola salientava que o problema deste tipo de activos passa não apenas pela fraca capacidade de gerar rentabilidade, algo agravado pelo impacto da bolha imobiliária que rebentou em Espanha na sequência da crise financeira, e pelos gastos constantes inerentes a este tipo de activos.
Não obstante a recuperação do mercado imobiliário sentida nos últimos anos, a Moody’s avisa que o alto desemprego, o envelhecimento da população e o grande número de casas disponíveis no mercado impedem uma recuperação mais robusta do imobiliário espanhol.
Fonte: Negócios
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