02 maio 2015

O seguro para habitação deve adaptar-se às reais necessidades das pessoas


Os seguros parecem todos iguais, os especialistas garantem que não. Mas, as companhias acabam por ter um conjunto de coberturas comuns, como o caso da cobertura de incêndio cujas garantias são definidas pelo regulador. A oferta de coberturas para os seguros de habitação é enorme e tem vindo a aumentar nos últimos tempos. Adaptar as coberturas às reais necessidades do segurado pode ser determinante no preço a pagar. Esta é umas das principais conclusões dos especialistas do setor.


Para a diretora de produto da Allianz Portugal, Teresa Brantuas, é necessário que a companhia de seguros "entenda as necessidades do cliente. Ou seja precisamos entender se o cliente pretende proteger-se contra o que se considera mais básico, o incêndio e roubo ou se pretende proteção para outro tipo de danos". E alerta para o facto de que não se deve "cair no erro que um seguro com uma enorme lista de coberturas é o seguro mais adequado, pois por vezes o cliente acaba por não usufruir de grande parte das garantias contratadas pois acaba por nem se aperceber que as tem". 

Por sua vez, o diretor de oferta da Tranquilidade, Carlos Silva, refere que "antes de mais o cliente deve avaliar com que objetivo está a fazer o seguro. Na Tranquilidade temos oferta específicas para: proprietários, com proteção do imóvel e do recheio; senhorios, com proteção do imóvel e do seu rendimento; e inquilino, com proteção do recheio e de danos em bens do senhorio". Já o diretor de marketing, produtos e canais da Fidelidade, Sérgio Carvalho, refere que "desde logo o mais importante é que se tenha informação sobre o risco a segurar, neste caso a habitação e o seu recheio", destacando alguns tópicos relevantes como avaliar o tipo de seguro que se pretende, saber a área da casa em metros quadrados e o ano de construção e as características da mesma; que tipo de proteção se pretende. Sérgio Carvalho alerta ainda para a opção sobre franquias, recomendando avaliar "se em caso de sinistro terei capacidade de pagar uma parte dos danos". "O seguro de conteúdo, por exemplo, poderá ser mais adequado para um cliente que tem uma casa arrendada. Em contrapartida para um proprietário que reside na sua casa poderá fazer sentido um seguro que cubra o imóvel e o conteúdo", explica Sérgio Carvalho. 

Quanto às coberturas que todos devemos escolher, Hugo Fernandes, Gestor de produto da direção de design e gestão de produto da Liberty Seguros, considera que em primeiro lugar" é importante chamar a atenção para a obrigatoriedade legal do seguro de incêndio para todos os imóveis em regime de propriedade horizontal que muita gente ainda desconhece". No entanto, "é preciso ter consciência que a casa é para a maioria das pessoas o bem material mais importante que possuem e onde se encontra uma parte significativa das suas vidas, o que eleva a necessidade de uma proteção mais completa", acrescenta Hugo Fernandes. Para aquele responsável da Liberty, "diria que para além das coberturas mais comuns como incêndio, tempestades, danos por água ou furto ou roubo, existe um conjunto de coberturas abrangente que pode ser contratado por qualquer pessoa que pretenda aumentar o nível de proteção dos seus bens, como são exemplos os riscos elétricos ou a avaria de equipamentos". Depois, acrescenta, existem ainda coberturas mais segmentadas que vão ao encontro de necessidades específicas dos segurados. "Por exemplo no produto Liberty Lar Plus permitimos a contratação de coberturas como quebra de painéis solares ou perda de rendas, que servem para dar resposta a necessidades reais da vida das pessoas", diz Hugo Fernandes.

SEGUROS TODOS DIFERENTES? 

Mas os contratos de seguro são todos iguais nas várias seguradoras? Sérgio Carvalho diz que não. No entanto, em termos de oferta e coberturas, "acabam por ter um conjunto de coberturas comuns, como o caso da cobertura de incêndio cujas garantias são definidas pelo regulador", diz. Para Sérgio Carvalho, os diferentes seguros distinguem-se em termos do desenho dos produtos, nomeadamente na forma como são definidos os planos de coberturas a oferecer ao cliente, assim como os capitais e franquias. "Estas diferenças podem ter impacto no preço apresentado mas sempre com consequências na cobertura dos riscos", refere aquele responsável da Fidelidade

Já o administrador da seguradora LOGO, José Pedro Inácio, afirma que, em primeiro lugar, a "distinção tem a ver com a facilidade de subscrição. Na LOGO não precisa de nada e faz tudo em cinco minutos. Já noutras seguradoras é necessário saber o valor exato do imóvel, registar diversos bens, etc. Sendo que, como é óbvio, as coberturas são importantes, a verdade é que a maior parte delas são iguais".

Fonte: OJE

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.