13 junho 2015

Certificados energéticos continuam em queda


Depois de atingir um recorde no ano passado, a emissão de certificados caiu 2% no início de 2015. Edifícios residenciais sofrem a maior descida. Desde que se tornou obrigatório ter um certificado energético quando se anuncia a venda ou arrendamento de uma casa, a emissão do documentou disparou. A medida foi introduzida a 1 de Dezembro de 2013 e no anos passado foi batido o recorde de certificados, com 180 mil registos - um aumento de 134% em relação ao ano anterior.


Contudo, nos três primeiros meses deste ano já se observa uma diminuição de 2% face ao mesmo período do ano passado Foram emitidos 40,9 mil registos no Sistema de Certificação Energética (SCE).

A classificação do desempenho energético do edificado nacional continua centrada nos prédios residenciais, que representaram 89% dos certificados emitidos. Neste segmento, verifica-se, contudo, um decréscimo de 2.5% em termos de volume face a 2014, tendo os edifícios de serviços registado uma quebra de 1%.

Em termos acumulados, de Junho de 2007 a Março de 2015, o SCE, contabilizou aproximadamente 858 mil certificados. Neste período temporal continua a observar-se, em termos de estrutura de eficiência energética que as classes mais representativas no segmento residencial são a designada classe C (26.7%) e a B (18.1%). 

Nos serviços, a classe com maior número de ocorrências é a G (21.6%), que abrange os pequenos edifícios de serviços sem sistema de climatização.

Desagregando os edifícios de serviços verifica-se que, tanto nos grandes edifícios de serviços”, como nos pequenos edifícios de serviços com sistemas de climatização, a classe mais representativa é a B-, com cerca de 40,1% e 35,6% dos certificados, respectivamente. 

Nos pequenos edifícios de serviços sem sistema de climatização, a classe G é a mais significativa, registando 24,5% de ocorrências.

Quanto à tipologia da certificação energética, no segmento residencial, observa-se que, do total acumulado dos imóveis certificados, 36,3% incidem na tipologia T3 e 32,7% na T2. No segmento de serviços, como já mencionado, a maioria dos imóveis alvo de certificação energética incidiram nos pequenos edifícios sem sistema de climatização (cerca de 88%).

Lisboa e Porto lideram

No âmbito distrital, os centros urbanos lideram a emissão de certificados entre Junho de 2007 e Março de 2015: Lisboa representa 26.8%, Porto atinge 15.6% e Faro regista 11.3%. Seguem-se Setúball (9.9%) e Braga (5.8%). Nos serviços, as zonas mais representativos foram Lisboa (29.3%), Porto (18.3%), Setúbal (8.5%), Faro (7.9%), Aveiro (5.5%) e Braga (5.3%). Em conjunto, estes distritos representam quase 75% dos certificados emitidos.

No período entre Janeiro e Março de 2015, tendo por referência a globalidade dos certificados emitidos, é possível verificar que, no âmbito do segmento residencial e serviços, Lisboa, Porto e Faro apresentam-se como os distritos mais dinâmicos. Quando se centraliza a análise nos DCR´S, podemos novamente verificar uma certa homogeneidade em ambos os segmentos: Lisboa, Porto e Braga são os distritos mais dinâmicos.

Fonte: SOL / Gabinete de Estudos da APEMIP

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