12 junho 2015

Mais de cem mil fogos para arrendamento


Existem mais de cem mil fogos na oferta imobiliária para o mercado residencial de arrendamento urbano, contudo a oferta existente continua a não dar resposta à procura. "A grande parte dos ativos fixa-se em locais onde não existe procura, e a oferta continua, na grande maioria das vezes, a estar disponível a preços proibitivos para a grande parte das famílias portuguesas", afirma Luís Lima, presidente da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal.


Para uma reflexão sobre a evolução do mercado de arrendamento urbano, os representantes das associações do setor imobiliário que integram a Comissão de Monitorização da Lei do Arrendamento (APEMIP, AIL, AIN, ALP, ANP E CCP), vão promover uma sessão de apresentação do ponto de situação sobre a evolução do mercado de arrendamento urbano em Portugal, que vai ter lugar amanhã pelas 11h na Sede da APEMIP Serviços. A APEMIP irá apresentar um estudo aos seus colegas, que cruza a oferta com a procura neste mercado à data de maio de 2015”. Este estudo será previamente apresentado às associações presentes.

Luís Lima refere que à semelhança do que acontecia há 4 anos, estes números continuam a contabilizar uma oferta disponível em regiões onde continua a não existir uma procura que inverta a tendência de desequilíbrio a que se continua a assistir, e que prova que o mercado de arrendamento não atingiu, apesar de alguns esforços que foram encetados, o seu real objetivo.

“A Comissão de Monotorização da Lei do Arrendamento Urbano foi criada com o objetivo de debater a aplicabilidade da nova lei, e ajustar medidas com o apoio dos agentes interventivos neste mercado, sejam eles inquilinos, proprietários ou imobiliárias. No entanto, neste momento não sabemos se esta comissão continua ou não em funções. Por um lado, não foi destituída, mas por outro, não é chamada a dar seguimento aos trabalhos”, afirma o Presidente da APEMIP.

A discussão e debate deste mercado são, para o representante das imobiliárias, da maior importância. “Tal como tenho vindo a defender, a lei do arrendamento não precisa de alterações drásticas, mas sim de mudanças estratégicas que promovam a sua real dinamização. Existem medidas essenciais como a introdução de um seguro de renda, por exemplo, que continuam na gaveta. Os agentes do sector devem ter um espaço para serem ouvidos e para apresentarem as suas sugestões e alertas, com o objetivo de chegar a um consenso que seja benéfico não só para o mercado, mas também para a generalidade dos portugueses. Todos nós, como representantes de associações do setor, temos a obrigação ética de emitir os nossos pareceres. E é isso que passaremos a fazer neste grupo de trabalho”, conclui Luís Lima.

Fonte: Diário Imobiliário

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