05 junho 2015

Preços das casas deverão subir 2% nos próximos 12 meses em Portugal


Os resultados do RICS/Ci PHMS de Abril de 2015 mostram que os preços das casas continuam a recuperar de forma gradual, num cenário com uma atividade de vendas crescente e um nível de confiança intensificado. No sector de arrendamento, as expetativas relativas a rendas tornam-se marginalmente positivas, enquanto as novas instruções por parte dos proprietários continuam a cair de forma acentuada.


Começando pelo mercado de compra e venda, as novas instruções de compra aumentaram novamente em Abril, estendendo-se esta trajetória de crescimento ininterrupto da procura a Agosto de 2013. A par disto, as vendas acordadas subiram pelo décimo quarto mês consecutivo, com um ritmo de crescimento muito idêntico ao verificado no mês anterior. É de salientar que o Algarve registou, neste último mês, um aumento particularmente forte nas vendas acordadas. Olhando para o futuro, os respondentes continuam a esperar que o aumento das vendas se acelere significativamente nos próximos meses.

Simon Rubinsohn, Economista Sénior do RICS, sublinha que “As últimas estatísticas relativas ao PIB devem encorajar o mercado, confirmando que a recuperação económica permanece no caminho certo. Não obstante, será necessária uma melhoria contínua para suportar uma recuperação do mercado imobiliário, que permanece numa fase embrionária.”

A melhoria dos fundamentos do mercado continua a suportar uma tendência de recuperação dos preços das casas, que tem sido agora reportada (embora a um ritmo suave) em cada um dos últimos quatro inquéritos. Esperam-se ainda mais ganhos, tanto no curto prazo como depois, com os respondentes a perspetivar um aumento dos preços em pouco mais de 2% para os próximos 12 meses e uma média de 4,5% por ano para os próximos 5 anos. Em termos regionais, as expetativas a 12 meses apontam para um aumento em todas as três áreas cobertas pelo inquérito, com o Algarve a antecipar os ganhos mais elevados (em cerca de 3%), seguido por Lisboa (2,5%), enquanto o Porto indicou as projeções mais modestas (cerca de 1%).

Entretanto, o índice de confiança nacional (uma medida composta das expetativas de preços e vendas) permanece perto do máximo anteriormente reportado apesar de ter descido ligeiramente para +33 (anteriormente +38).

No sector de arrendamento, a procura por parte dos arrendatários aumentou ligeiramente enquanto as novas instruções dos proprietários registaram novamente uma descida significativa. Embora as rendas não se tenham alterado muito ao longo do mês, as expetativas apontam agora para um ligeiro acréscimo no curto prazo.

Segundo Ricardo Guimarães, Director da Ci, “As recentes estatísticas mostram que os novos empréstimos para aquisição de habitação aumentaram 20% na segunda metade de 2014. Naturalmente isto foi sentido pelos agentes. Os seus comentários sugerem que este é o principal fator que está a mudar o mercado uma vez que os bancos estão gradualmente intensificar a actividade junto do mercado.”

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